O São Paulo não dersperdiçou a chance de encarar o time misto do Coritiba e somou três pontos.
Milton Cruz posicionou os atletas mais próximos uns dos outros e montou o sistema ofensivo veloz, com bastante movimentação.
Lucas e Jadson se destacaram.
As oscilações são-paulinas ao longo da partida podem ser consideradas normais. O interino precisou começar os acertos táticos do zero. A evolução em dez dias de trabalho é nítida e boa.
A maior dificuldade tem sido manter a regularidade, em especial na parte defensiva, durante todo o jogo. Os limitados zagueiros João Felipe e Edson Silva necessitam de proteção. Precisam atuar na sobra dos volantes e laterais. No mano-a-mano, costumam falhar.
A repetição diária do posicionamento correto vai diminuir a quantidade de falhas coletivas e os espaços para os rivais. Funciona assim com qualqueer time de futebol.
Trabalho, não milagres, geram a evolução.
O Coritiba, nos seus bons momentos, criou menos e finalizou pior que a equipe anfitriã.
Apesar de errar bastante nos arremates em gol quando está com os titulares, merece um desconto porque usou os reservas.
A arbitragem não interferiu no resultado.
Escalação
São Paulo – Denis; Douglas, João Felipe, Edson Silva e Cortez; Rodrigo Caio, Denilson, Maicon, Jadson e Lucas; Osvaldo
Coritiba – Bruno Fuso; Willian Leandro, Emerson, Luccas Claro e Chico; França, Junior Urso, Tcheco, Lincoln e Robinho; Anderson Aquino
São Paulo diferente; Coxa misto
Milton Cruz aproveitou bem a semana de treinamento.
A equipe evoluiu na parte tática.
O espaço entre as linhas de meio ataque e defesa diminuiu bastante. O sistema defensivo melhorou.
Na frente, a proximidade maior dos jogadores facilitou as tabelas. A posse de bola cresceu.
O treinador interino armou o time de maneira similar a que Paulo Cesar Carpegiani fazia.
Optou por Osvaldo, ao invés de Willian José, como único atleta no ataque.
A entrada do atacante que joga pelos lados aumentou a movimentação e a velocidade do sistema ofensivo.
O apoio alternado dos laterais Douglas e Cortez, e do volante Maicon, e as constante trocas de posições de Lucas, Jadson e Osvaldo, confundiram a marcação do Coxa.
Marcelo Oliveira escalou um time misto. Priorizou, com razão, a final da Copa do Brasil.
O Coritiba perdeu qualidade individual, mas manteve o bom padrão tático. O campeão paranaense se posicionou bem.
Movimentações
O São Paulo é forte na parte ofensiva quando funciona coletivamente.
Mostrou isso no jogo de hoje.
Na direita, Lucas driblou na diagonal. Jadson, mais a vontade porque tinha com quem tabelar, encostou nele e em Douglas, que usou o espaço deixado pelo marcador de Lucas perto da linha lateral para atacar.
Do outro lado, Osvaldo se movimentou, tabelou com Cortez e Jadson. Maicon apareceu mais vezes para chegar de trás e tentar surpreender. Denilson apareceu pouco na meia.
Rodrigo Caio se dividiu entre as funções de volante e terceiro zagueiro, na sobra de João Felipe e Edson Silva.
Marcelo Oliveira escalou apenas Anderson Aquino no ataque. Diversas vezes ele abriu na direita e Lincoln se posicionou entre a dupla de zaga do anfitrião.
Foto: Fernando Borges/Terra
Quando Lincoln virou atacante, Rodrigo Caio foi zagueiro. Quando o veterano atuou na meia, o jovem virou volante.
Robinho e Tcheco foram os principais responsáveis pela criação no meio-campo do Coxa. França e Junior Urso priorizam os desarmes no setor.
Marcelo Oliveira correu risco ao improvisar o volante Chico na lateral-esquerda. A presença dele poderia ser útil nos cruzamentos, porém era necessária muita proteção dos volantes.
Isso dificultou a vida de França e Junior Urso, pois Tcheco tem condição física de ser terceiro volante contra meias e atacantes rápidos como os são-paulinos.
São Paulo, apesar de oscilar, manda no primeiro tempo
O time do Morumbi pressionou a saída de bola.
Lucas, na direita, Jadson, centralizado, e Osvaldo, na esquerda, marcaram em linha, na frente.
O Coritiba sofreu bastante para fazer a transição da defesa ao ataque com a bola no chão. Como não usou nenhum centroavante de área para trombar com os zagueiros são-paulinos, a equipe de Milton Cruz recuperou a redonda com facilidade.
Balançou a rede aos 14 minutos, após um erro de saída de bola do Coritiba.
Douglas recuperou a dita cuja e rolou para a bela finalização de Jadson.
O São Paulo poderia ter feito outros gols antes e depois do 1×0. Não conseguiu porque errou passes simples após abrir espaços na defesa do Coxa com boas jogadas.
O Coritiba criou a primeira oportunidade só aos 25. Rodrigo Caio errou a saída de bola, Lincoln tocou para Anderson Aquino. Denis evitou o empate.
As oscilações são-paulinas começaram logo em seguida. O espaço entre os volantes e defensores aumentou e o Coritiba passou a jogar nessas lacunas.
O passe e o gol
O São Paulo desperdiçou bons contragolpes porque errou passes. Aos 40, Osvaldo conseguiu acertar o toque de bola, e Maicon, livre, na área, ampliou a vantagem.
Coxa melhora no segundo tempo
O Coritiba adiantou a marcação no segundo tempo. Precisava evitar que os meias e atacantes do rival jogassem.
Não funcionou no início. Marcelo Oliveira, aos 12, substituiu Lincolc por Thiago Primão. O reserva entrou na esquerda para atuar como meia e atacante.
O Coxa passou a ficar com a gorduchinha na frente e o São Paulo investiu nos contragolpes.
Aos 18, Osvaldo, no contra-ataque, acertou a trave.
No minuto seguinte, Alex, atacante, entrou no lugar de Tcheco.
A entrada do terceiro atacante surtiu efeito.
Que feio
Thiago Primão, Anderson Aquino e Alex pressionara os laterais e zagueiros do rival.
Aos 23, Cortez falhou, recuou mal para Edson Silva. O zagueiro tentou chutar a bola, mas num lance de pura grossura acertou o adversário.
Robinho bateu bem a penalidade.
Ataque x contragolpe
O Coxa, em desvantagem no placar e com uma formação bem ofensiva, foi para cima. Deixou espaços aos montes para o contragolpe.
Tornou a situação da partida desconfortável para o anfitrião, assustou em alguns cruzamentos, entretanto correu muitos riscos de levar outro gol.
As melhores chances foram são-paulinas. Aos 28, Bruno Fuso evitou o gol de Jadson e Osvaldo, sem goleiro, de cabeça, perdeu a oportunidade.
Aos 30, Rafael entrou na vaga de Anderson Aquino. Cícero e Casemiro substituíram Maicon e Rodrigo Caio.
Aos 34, no contragolpe, Osvaldo fez 3×1.
Logo em seguida saiu e Fernandinho entrou.
A partida estava resolvida.
O gol esfriou a reação do finalista da Copa do Brasil.
Resultado justo.
Foto: Fernando Borges/Terra
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