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Maior parceiro, França lembra entrosamento 'no olhar' com Ceni


Já são 103 gols. Nesta quarta-feira, contra o Atlético-MG, no Morumbi, serão mil jogos. Mas o que poucos sabem é que Rogério Ceni já atuou ao lado de 311 jogadores no São Paulo.

E menos gente ainda deve imaginar que seu parceiro mais frequente nem fez parte do período mais glorioso. O atacante França é quem mais vestiu a camisa tricolor em campo ao lado do recordista.

Goleiro e artilheiro dividiram o campo por 266 vezes. Trajetórias marcadas por coincidências. A primeira vez em que atuaram juntos foi em 1996, contra o União São João, mesmo rival que, no ano seguinte, sofreria o primeiro gol de Rogério. Naquela ocasião, França fez todos os gols da vitória por 3 a 0.

– Eu não tinha noção, mas pensando bem, realmente na maioria dos jogos em que entrei em campo, ele estava no gol. Fico lisonjeado por fazer parte da história dele – disse França, em entrevista ao LANCENET!.

O atacante também faz parte da história do clube. É o quarto maior artilheiro, com 182 gols. E muitos deles graças a Rogério. França jura que a habilidade do goleiro com os pés e o entrosamento "no olhar" com o companheiro o ajudaram a figurar na galeria de goleadores.

– Fazíamos muito a ligação direta. Eu corria e ele já sabia o que fazer. Pelo movimento do meu corpo, ele sabia onde eu queria a bola. Às vezes eu fechava na diagonal e ele colocava na minha frente. Eu conhecia o talento dele bater na bola e me aproveitava – lembrou.

A parceria rendeu ao São Paulo três títulos: os Paulistas de 1998 e 2000, e o Rio-São Paulo de 2001. Em todos, o centroavante foi artilheiro da competição. Na final contra o Santos, em 2000, participação marcante de ambos. No primeiro jogo, o então camisa 9 garantiu a vitória ao marcar antes do primeiro minuto. Na decisão, Ceni fez, de falta, um de seus gols mais importantes.

A parceria teve fim em 2002, com a ida de França para o Bayer Leverkusen (ALE). O contato resiste graças às visitas esporádicas do atacante ao CT da Barra Funda. Agora, ao menos, ambos sabem que estão unidos na história. Talvez, para sempre.

BATE-BOLA COM FRANÇA

LANCENET!: Você passou muito tempo ao lado do Rogério. Essa marca de mil jogos no São Paulo o surpreende?
FRANÇA: Não me surpreende porque sempre vi sua dedicação, o quanto ele treinava exaustivamente para chegar aos gols, jogar sempre. A gente se preocupa com a saúde, lesões, mas isso ele conseguiu superar. Da capacidade eu nunca duvidei.

LNET!: Qual a lembrança do Rogério Ceni mais marcante para você?
F: Inteligência e liderança. O jeito de dar entrevista é totalmente diferente, falando sobre coisas de fora do futebol, política. Jogador só quer saber de samba e bunda. Ele se diferencia.

LNET!: Vocês ainda mantêm contato?
F: Pouco, só quando visito o São Paulo. Quando vou é por causa dele, o único que ficou do meu tempo.

LNET!: Havia amizade fora de campo ou o entrosamento era só nos jogos?
F: Somos muito diferentes. Eu gosto de hip-hop, ele de rock. Eu gosto de sair, ele é caseiro. Mas nas concentrações, conversávamos muito e respeitando as individualidades.

LNET!: Nos três títulos que ganharam juntos, você foi artilheiro. Dá para dizer que ajudou muito o Rogério?
F: Acho que ajudei no início, é importante um goleiro ganhar títulos e se firmar. Nós nos ajudamos.

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