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O segredo da recuperação de Carlinhos no São Paulo

Meia revelou que, após acompanhamento de psicólogo, voltou a ganhar confiança

Com a cabeça no lugar, Carlinhos comemora boa fase (Foto: Tom Dib)

Desde que chegou ao São Paulo, no início do ano passado, Carlinhos nunca viveu fase tão boa quanto a atual. Titular de Carpegiani, existe um motivo para o meia estar bem dentro de campo. Em entrevista ao LANCENET!, ele revelou que, no fim do ano passado, pouco antes de começar a se destacar, contou com a ajuda de Franklin Ribeiro, psicólogo do clube desde janeiro de 2010.

– No momento mais difícil que passei, nosso psicólogo foi quem me ajudou. Primeiramente, tenho de agradecer a Deus. Depois, a ele. Trabalhou bem a minha mente e confiou em mim. Hoje, olha no meu olho e diz que participou da minha evolução e que confia em mim. Agradeço toda vez que o encontro.

Confirmado por Carpegiani entre os titulares, Carlinhos vai ser um dos responsáveis por manter a sequência de oitos confrontos de invencibilidade. O nono pode vir hoje, contra o Paulista, às 21h50, com transmissão em tempo real pelo LANCENET! , no Jayme Cintra.

Foi Franklin quem procurou o meia. O psicólogo observou que Carlinhos vivia abatido no CT. Pouco aproveitado por Ricardo Gomes e depois apenas com algumas chances com Baresi, o paraibano, apesar de dizer que se mantinha motivado para treinar, estava desanimado e sem grandes objetivos. Deu início então o tratamento, que colheu bons resultados em pouco tempo de conversa.

Com 70% de aproveitamento, Carlinhos busca primeiro gol

Olhar para lista de relacionados e não ver seu nome nela passou a ser uma constante. O fato, incomum até então na carreira do jogador, o incomodava. Carlinhos revelou que não chegou a ficar depressivo, muito menos precisou de medicamentos. Mas o desanimo passou a fazer parte da sua vida, até então só de felicidade:

– Não me sentia legal, mas sabia que uma hora iria passar e não seria algo permanente na minha vida. Ficava chateado por não estar na relação. Com isso, psicologicamente não atuava bem. Mas o doutor falou comigo e não teve coisa melhor do que ele poder me dar aquela força.

Durante o acompanhamento que o meia ganhou, Carpegiani chegou ao Tricolor. Carlinhos, após quase ser emprestado, ficou. Recuperado psicologicamente, pôde mostrar ao novo treinador que tinha qualidade para ganhar vaga entre os titulares. Recebeu a chance, agarrou, e passou a ser peça fundamental do time desde o início do ano. Com a cabeça boa, ele agora quer cresce cada vez mais.


Franklin Antônio Ribeiro, psicólogo do clube, ao LANCENET!

Carlinhos é um sujeito sensível, apegado aos familiares. Estava sentindo desconforto no ano passado e fiz um trabalho motivacional para recuperar a auto-confiança.

Ele andava triste, desanimado, desinteressado e, progressivamente, entrando em estágio melancólico. Então, eu me aproximei. Faço avaliação individual para conhecer a história de vida de cada um para melhorar a situação. Conversamos e ele foi se recuperando. Os que precisam mais damos atenção. Hoje, está recuperado, é indispensável para o grupo e tenho respeito e consideração por ele. Foi fácil, porque aceitou o trabalho.


Confira bate-bola com o meia

Como é receber constantes elogios de Carpegiani?
É uma responsabilidade a mais. Sei da responsabilidade que tenho no clube e, graças a Deus, estou bem em algumas partidas. Tenho de melhorar, trabalhar forte e ir bem nos jogos. Tenho de agradecer a confiança que o treinador tem em mim. Não tem nada melhor do que viver essa fase atual.

É possível melhorar?
Eu me cobro muito e sei quando vou mal ou bem. Tem Lucas, Marlos, Fernandinho... Eles estão bem, mas tem horas que não vão, então posso ajudar na hora certa, quando não tiverem sobressaindo. Então, posso ser um homem surpresa com gol.

Por que essa mudança?
Quando cheguei, disse que, pelo tratamento dos jogadores, tinha de ser o melhor do campeonato, porque tudo foi muito bom. Sabia que tinha feito algo diferente para chegar ao São Paulo. Mas precisava de ritmo e sequência. Jogava uma, ficava dez fora, entrava dez, 20 minutos, mas sabia que poderia dar mais. Carpegiani me deu moral e espero melhorar para ajudá-lo e também a mim.

E agora, o que vai buscar?
Tenho de sentir o gosto de ser campeão. Preciso desse Paulista, para depois seguir na Copa do Brasil e Brasileiro, além de voltar para a Libertadores. Vim com essa responsabilidade.

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