Com 26 gols marcados em 11 jogos, o São Paulo tem o segundo melhor ataque do Campeonato Paulista, com um tento a menos que o Santos. Isso mostra que o time tem um poder ofensivo grande. Mas o que preocupa o técnico Emerson Leão é a defesa. O 3 a 0 sobre o Guaratinguetá foi só a segunda partida em que o time não foi vazado no torneio --a outra havia sido na estreia, ante o Botafogo de Ribeirão Preto, na estreia.

"Para o que nós fizemos o placar foi normal. Bom é que ficamos no zero", admitiu Leão, após o triunfo.

Mas o comandante tem uma explicação para a baixa produtividade defensiva. Os seguidos desfalques, que para ele fazem com que o time ainda não esteja pronto. Na sua visão.

"A quantidade de gols que temos feito é interessante. Mas o nosso time não jogou ainda. O time ensaia, repete, treina, até ficar maduro. O Luis Fabiano não jogou ainda. O Willian está dando conta do recado, mas é diferente. Esperança é contar com o Fabrício rápido. Temos o Jadson, que ainda não é o coordenador da equipe porque ainda não teve tempo de se readaptar", disse.

"E ainda estamos sem o Rogério, o Wellington... O mês quatro que será importante. O três começou e eu estou assustado. Os jogadores não se recuperaram e eu ainda perdi o Wellington", completou o treinador.

Sobre Lucas, que mesmo após enfrentar uma maratona para chegar a tempo de jogar, Leão foi só elogio.

"Ele é um jogador que faz falta. Em momentos que você não espera, ele consegue sair das dificuldades e ainda tem um repente de artilheiro. Mas hoje eu vi o Lucas cansado. Um pouco disperso, por causa do cansaço. A minha preocupação é saber a hora de usar e de tirar. Até porque não estamos em um momento para ficar abusando, correndo risco de ter mais problemas musculares", finalizou Leão.



Pelo lado esquerdo do meio-campo do São Paulo, Cícero atuou bem e por pouco não conseguiu marcar seu gol no segundo tempo do jogo contra o Guaratinguetá
Foto: Edson Lopes Jr./Terra

Julia Chequer/Folhapress foto do Leão