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Rogério Ceni completa 1000 jogos e 21 anos de São Paulo

A festa já tem hora, data e local definidos. Nesta quarta-feira, quando o juiz apitar o começo do jogo entre São Paulo e Atlético-MG, o goleiro Rogério Ceni, de 38 anos, estará completando a impressionante marca de 1000 jogos com a camisa tricolor. No Brasil, somente dois atletas ultrapassaram a barreira por um clube: Pelé, que jogou 1115 vezes pelo Santos, e Roberto Dinamite, com 1110 partidas pelo Vasco.

"Me orgulho de tudo que fiz para ter a chance de ganhar. Sempre tive determinação, profissionalismo e dedicação. É uma marca importante. Pouca gente no futebol brasileiro conseguiu esta marca no mesmo clube. Impressiona até a mim mesmo", disse o capitão são-paulino.

A partida contra os mineiros será às 16h do dia 7 de setembro, feriado nacional. Coincidência ou não, foi justamente nesta data, mas no ano de 1990, que Rogério Ceni colocou seus pés no Centro de Treinamento da Barra Funda pela primeira vez - ou seja, já são 21 anos de São Paulo. O preparador físico Sérgio Rocha, que até hoje trabalha no clube, foi uma das primeiras pessoas com quem o goleiro teve contato no local.

"O Sérgio estava me aquecendo, quando no intervalo do treino, o professor Gilberto Morais me colocou no lugar do Gilmar Rinaldi. Participei do coletivo dos profissionais, fiz algumas defesas e sofri apenas um gol, marcado pelo Leonardo", lembra Ceni, que estreou pela equipe em 1993, em um torneio amistoso realizado na Espanha.

Antes de desembarcar no time paulista, Rogério defendia as cores do Sinop, do Mato Grosso. Ainda em 90, ele se destacou pela equipe do Centro-Oeste na sua primeira temporada como titular e conquistou o título estadual. Mas como o time encerrou suas atividades depois da conquista, o arqueiro foi indicado para fazer testes no São Paulo. E parece que deu certo.

Do começo da década de 90 para cá, são 999 partidas disputadas, 103 gols anotados e 31 títulos conquistados. Como o próprio Rogério gosta de definir, o milésimo jogo se torna mais chamativo porque o 1000 é um número redondo. E o arqueiro já teve alguns números redondos ao longo da sua passagem pelo São Paulo. Veja na tabela abaixo:





De acordo com Rogério, um dos períodos mais dramáticos da sua carreira aconteceu em 2009, quando, durante um treinamento, fraturou o tornozelo esquerdo. Na ocasião, a equipe estava na disputa da Libertadores e do Brasileirão. "Muita gente achou que eu não voltaria a jogar. Foi uma lesão muito séria para alguém de 36 anos. Trabalhamos 128 dias, nove horas por dia de fisioterapia. Quebramos um recorde. Todos falavam em cinco meses e meio, mas batemos quatro meses e oito dias", contou o camisa 1.

Recentemente, Rogério bateu mais um recorde dos muitos que coleciona na carreira. Contra o Atlético-GO, no Brasileirão deste ano, ele atingiu a marca de 108 jogos seguidos pelo São Paulo, superando o também goleiro Suly, que atuou no clube na década de 70. A última vez que o capitão não esteve presente em um jogo foi na segunda rodada do Campeonato Paulista de 2010, no empate por 1 a 1 contra o Mirassol. Na ocasião, Bosco foi o arqueiro.

Relembre alguns jogos marcantes na carreira de Rogério Ceni:

14/08/1994 - Paysandu 0 x 0 São Paulo
O empate sem gols diante do time paraense, no estádio Mangueirão, em Belém, pelo Campeonato Brasileiro, foi a primeira partida de Rogério Ceni como capitão são-paulino. Mas foi só em 1999 que ele foi efetivado de vez como capitão. Atualmente, já são 755 vezes que o atleta entrou em campo com a braçadeira, um recorde no futebol brasileiro.

15/02/1997 - União São João 0 x 2 São Paulo
Neste jogo, Rogério Ceni marcou seu primeiro gol com a camisa do São Paulo. 15 dias antes, contra o Flamengo, no Maracanã, o goleiro já havia cobrado uma falta no travessão. Mas foi Adinam, do time do interior, que ficou marcado por levar o primeiro tento de Ceni.

12/05/2004 - São Paulo 2 x 1 Rosário Central
Nas oitavas de final da Libertadores, o time argentino saiu na frente, mas o São Paulo virou, levando a decisão da vaga para os pênaltis. Rogério converteu sua cobrança e precisava defender o tiro de Gaona para manter a equipe viva. E ele fez, levando o Morumbi à loucura e classificando os paulistas às quartas. Esse é o jogo que Ceni considera o mais emocionante e inesquecível na sua passagem pelo futebol.

14/07/2005 - São Paulo 4 x 0 Atlético-PR
A partida, além de garantir o terceiro título da Libertadores ao São Paulo, marcou também o jogo de número 618 de Rogério Ceni com a camisa tricolor. Neste dia, ele ultrapassou Waldir Perez (617 jogos) e se tornou o jogador com mais participações pelo clube do Morumbi.

20/08/2006 - Cruzeiro 2 x 2 São Paulo
Foi neste duelo, pelo Campeonato Brasileiro, que Ceni ultrapassou Chilavert como o maior goleiro artilheiro da história do futebol. Além de defender um pênalti quando a partida estava 2 a 0 para os mineiros, o são-paulino marcou um gol de falta e outro de pênalti e alcançou os 64 gols na carreira. O paraguaio se aposentou com 62 tentos.

19/08/2009 - São Paulo 1 x 0 Fluminense
O duelo diante dos cariocas transformou Rogério Ceni no atleya que mais partidas jogou na história do Campeonato Brasileiro, superando Zinho, que atuou por Flamengo, Palmeiras e Cruzeiro e era dono do antigo recorde com 369 partidas.

27/03/2011 - São Paulo 2 x 1 Corinthians
Além de ajudar a quebrar um tabu de 11 jogos sem vencer o rival da capital paulista, Rogério Ceni marcou o 100º da sua carreira. Fernandinho sofreu falta na entrada da área e o goleiro cobrou por cima da barreira para vencer Julio Cesar e estremecer a Arena Barueri.

A festa e a aposentadoria
Dos 103 gols que já anotou, 56 foram de falta, enquanto os outros 47 foram de pênalti. A maior vítima do goleiro-artilheiro é o Palmeiras, que já levou sete tentos. Depois vem o Cruzeiro, com seis, e, em terceiro, o Vasco. De todos os gols, 49 aconteceram no Campeonato Brasileiro.

O jogo contra o Atlético-MG, apesar de ser de festa, é também importante para a disputa do Brasileirão. Na vice-liderança, o São Paulo poderá assimir a ponta provisória do torneio em caso de triunfo. Com o Morumbi lotado, Rogério espera por uma boa vitória para seguir vivo e sair de campo com o sentimento de dever cumprido.

"Lógico que o torcedor vai pela festa, mas vai para ver o São Paulo jogar, ganhar e tentar mais um título brasileiro, que seria uma coisa muito bacana. Espero o Morumbi esteja cheio. Torna-se algo especial para aquele torcedor são-paulino de coração", avaliou o capitão.

Ceni tem contrato com o São Paulo até o final de 2012, mas já admitiu que poderá repensar sua retirada dos campos. Mas tudo depende do desempenho do time até lá. Enquanto isso, ele busca outras marcas. "Vou jogar até o dia que me sentir bem, com a cabeça boa para jogar. Jogar até eu tiver o ânimo de colocar a chuteira. O número que vai acabar não importa. O sétimo título brasileiro seria fechar com chave de ouro 2011. Voltar para a Libertadores é uma meta e ser campeão brasileiro também", finalizou.


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