Uma conversa poucas horas antes do início da partida contra o Once Caldas encerrou definitivamente a polêmica envolvendo Washington e Ricardo Gomes. Eles bateram um papo a portas fechadas no CT da Barra Funda e apararam as últimas arestas.

O atacante ouviu mais uma vez que agiu de maneira errada ao criticar o chefe publicamente. Também sabe que não terá uma segunda chance. Se errar novamente está fora. A carta branca foi dada pela diretoria.

“Para mim, isso é fato passado. Tive uma ótima conversa com o Washington depois do almoço (na quarta). Ele estava abatido e ficou bem. Tanto que entrou com vontade contra o Once Caldas”, disse o técnico.

Washington não escapou, no entanto, de uma dura de Rogério Ceni. O capitão exerceu sua liderança com rispidez. “Ele está errado. Se eu falasse o que ele falou, eu estaria errado. Na vida, não podemos contestar publicamente chefe. Se me tiram do time amanhã, tenho duas alternativas: pego minhas coisas e vou embora ou vou para o campo treinar. Isso serve para todo mundo aqui no São Paulo.”

Mas o goleiro deixou claro que tudo está resolvido. “A vida continua. O Washington é importante para nós, é o nosso único homem de referência na área. Ele também é experiente e vai saber lidar com isso.”

Em defesa do chefe

As vaias da torcida recebidas por Ricardo Gomes na vitória sobre o Once Caldas foram injustas. Pelo menos é o que defenderam os jogadores. Ontem, Cicinho e Fernandinho, que concederam entrevista no CT, defenderam o treinador.

“O Ricardo sabe o que faz. O chamaram de burro, mas depois viram o time crescer. Ele tirou os jogadores cansados. Às vezes, o torcedor tem uma visão, e o técnico, outra”, disse Cicinho.

“Eu entendi claramente que foi uma opção tática. No segundo tempo o time teve dificuldade e perdeu um pouco no meio porque eu, Marlos e Dagoberto estávamos cansados”, completou Fernandinho.