As insistentes vaias e os gritos de 'burro' ao técnico Ricardo Gomes não agradaram o elenco do São Paulo. Satisfeito com a vitória por 1 a 0 sobre o Once Caldas, o lateral direito Cicinho seguiu o discurso do capitão Rogério Ceni para rebater as reclamações dos torcedores ao trabalho do comandante.
"O torcedor pode ir e vaiar, mas estávamos vencendo por 1 a 0, e o treinador sabe o que faz. Não podÃamos errar e é difÃcil jogar em casa sendo vaiado. Pedimos para a torcida ter paciência. Eles o chamaram de burro, mas a equipe voltou a crescer e a atacar. Foi totalmente injusta a cobrança ao treinador e aos jogadores. Esperamos que o torcedor jogue ao nosso lado porque precisamos do incentivo", afirmou.
Na noite de quarta-feira, quando bateu seu recorde de público na temporada, com pouco mais de 50 mil espectadores, o Tricolor encarou a desconfiança dos fãs, que acentuaram as vaias no momento em que Gomes sacou Fernandinho para promover a entrada do volante Jean.
Porém, curiosamente, o próprio atacante substituÃdo concordou com a escolha do técnico. "Eu entendi claramente, foi uma opção tática. Nosso time entrou com dificuldade no meio-campo no segundo tempo. Eu, o Marlos e o Dagoberto estávamos mais cansados. Por isso, ele tirou um dos atacantes e colocou o volante".
Mesmo dando razão ao chefe, Fernandinho prefere não entrar em conflito com os são-paulinos. "O torcedor tem o direito de cobrar porque paga ingresso e faz a festa, mas a substituição teve sentido", finalizou.
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