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Dirigente diz que São Paulo trata crise com “piano de cauda” e garante estabilidade para Ricard

“Não passa pela nossa cabeça. Não há a menor possibilidade disto acontecer”.

A frase é de João Paulo de Jesus Lopes, diretor de futebol do São Paulo, e serve de “salvo conduto” para o técnico Ricardo Gomes. É a garantia de que o treinador continuará no cargo mesmo em caso de um resultado ruim na Copa Libertadores da América.

O dirigente foi perguntado pelo Blog do Boleiro se um empate ou mesmo derrota para o Once Caldas, da Colômbia, esta noite implicaria em maior pressão e instabilidade na vida de Ricardo Gomes. A resposta: “Estamos muito satisfeitos com o trabalho que o Ricardo vem desenvolvendo até aqui. Ele é sério, trabalhador, tem ótimo relacionamento com os atletas”, disse.

Esta avaliação inclui os últimos dias turbulentos que o time tricolor vem passando. Afinal, no domingo passado, Washington criticou o técnico abertamente. Foi multado, punido e vai ficar na reserva no início da partida de hoje.

O lateral-direito Cicinho também reclamou por não ter sido escalado como titular contra o Corinthians. Mas no jogo seguinte, contra o Monterrey, no México, ele foi escalado desde o começo. Tratamento desigual? Segundo o diretor de futebol, o princípio foi o mesmo.

“Não se trata de postura diferente. O Ricardo Gomes, ao escalar o Cicinho, mostrou que pensa no time e no clube em primeiro lugar. Ele achou que a presença do jogador era importante naquele jogo e o escalou. Assim como agora, por decisão tática, ele vai com um ataque mais leve”, disse João Paulo.

O dirigente lembrou ainda que o desempenho do treinador desde que chegou ao clube, substituindo Muricy Ramalho, ele disputou o título Brasileiro (“até a última rodada”) e levou a equipe às semifinais do Paulista (“quando nossos adversários históricos pararam no meio do caminho”).

Além disso, conta a favor da estabilidade de Ricardo Gomes uma postura adotada pelo grupo que se mantém no poder do São Paulo, desde o início da década. “Nós não demitimos treinador. Émerson Leão e Paulo Autuori saíram porque receberam propostas tentadoras no exterior. O Cuca, que é nosso amigo, saiu porque achou que não tinha mais condições de levar ao time para conquistas. E o próprio Muricy ficou aqui mais de três anos e sua saída foi em comum acordo com a gente. Então, temos como política dar estabilidade para o treinador desenvolver seu trabalho”, afirmou em entrevista à Rádio Bandeirantes.

João Paulo brincou ao lembrar que “no São Paulo não existem cornetas. Quando muito, um piano de cauda. Nós tratamos estes assuntos com muita discrição”.

Para terminar a primeira fase como primeiro colocado do Grupo 2, o São Paulo precisa vencer o Once Caldas. O time colombiano soma 11 pontos, um a mais do que o adversário brasileiro. Um empate o coloca entre os melhores segundos colocados, mas tira a vantagem de jogar as partidas de volta em casa.

Uma derrota por goleada seria o desastre. Ela poderá significar a desclassificação. Há 23 anos, isso não acontece no São Paulo e é pouco provável que se repita.

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