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Do jeito que ele gosta

Jorge Wagner brilhou contra o Rio Branco. Jogando como meia

Jorge Wagner começou o ano na lateral. A contragosto, aceitou jogar na posição em que o time era considerado carente pelas más atuações de Junior Cesar na reta final do Brasileirão, e também pela ausência de um reforço de peso para ser titular. O presidente Juvenal Juvêncio queria um jogador de Seleção, mas aceitou Carleto, lateral que é agenciado por Juan Figer, empresário com muito bom trânsito no Morumbi.

Desconfortável na nova função, Jorge Wagner, que foi utilizado como ala pela esquerda nos últimos anos, procurou se adaptar, apesar de dizer que marcar nunca foi a sua praia. Como previsto, ele não rendeu nessa posição e foi deixado de lado.

Mas ontem ele mostrou que pode ser, sim, titular do São Paulo. Só que jogando na sua. Como meia, no lugar de Marcelinho Paraíba, poupado por Ricardo Gomes, Jorge Wagner não guardou posição e esteve em todos os lugares na vitória por 2 a 1 sobre o Rio Branco, no Morumbi.

O camisa sete apareceu como um autêntico centroavante, no espaço que seria de Washington - outro que foi poupado -, para receber lindo passe de calcanhar de Léo Lima e chutar de pé direito, que não é o bom, e abrir o placar. “Sempre que jogo perto da área eu costumo me dar bem, consigo encostar nos atacantes, marcar os gols.”

A vitória só não chegou com mais facilidade porque, de fato, Jorge Wagner não é matador. A chance de ampliar a vantagem passou por sua cabeça (se ele fosse um pouco mais alto...) em outra boa jogada criada por Léo Lima. Os dois estavam se entendendo muito bem em um meio de campo que ainda tinha Cléber Santana e Rodrigo Souto.

Jorge Wagner também deu uma dinâmica diferente à armação das jogadas, coisa que Marcelinho Paraíba, até agora, não conseguiu. Ele criou bastante, mas Fernandinho e Dagoberto não souberam aproveitar.

O camisa sete, no entanto, não se saiu bem apenas no ataque. Ele foi importante também na marcação, sempre fechando pelo lado esquerdo na cobertura de Carleto, que foi bastante ao ataque em sua estreia com a camisa do Tricolor.

Aplausos

A resposta para o bom futebol de Jorge Wagner foi dada aos 33 da segunda etapa, quando foi substituído por Henrique. Os quase dez mil torcedores que estiveram no Morumbi o aplaudiram. Um grupo pequeno, perto da sala de imprensa, até esboçou uma vaia para Ricardo Gomes.

Sem ele em campo, o São Paulo, àquela altura já um pouco sonolento, dormiu de vez e levou o empate, que só não foi definitivo porque Hernanes, no melhor estilo Jorge Wagner, cobrou escanteio na cabeça de André Luís.

Ao fim do jogo, com um discurso cheio de tranquilidade, o baiano Jorge Wagner, que completou 178 jogos pelo São Paulo, deixou claro que, por ele, não joga nunca mais na lateral. A briga é para jogar no concorrido meio de campo, nem que para isso seja necessário amargar um tempo no banco até reconquistar seu espaço no time.

“Gosto de atuar no meio. Como lateral procuro dar minha parcela de contribuição. A partir de agora quero brigar por uma vaga na minha”, avisou Jorge Wagner, que jogou o problema para Ricardo Gomes.

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