Em abril, Denilson comunicou por meio de sua assessoria de imprensa particular que o Arsenal exigia sua volta no fim do empréstimo, em 30 de junho. A diretoria do São Paulo, contudo, trabalha para prorrogar o contrato por mais duas semanas para tê-lo nas finais da Copa do Brasil, caso o time elimine o Coritiba, ou até dezembro. Mas o volante diz ter informações de que pode ficar em definitivo até 2017.

“Há a possibilidade de assinar por quatro, cinco anos. Tive uma conversa com meu advogado de que posso ficar, mas o Arsenal pediu para esperar até a semifinal (da Copa do Brasil). Vamos passo a passo, mas a realidade é essa”, disse o jogador, esperançoso. “Tudo é possível. Meu contrato com o Arsenal vai até 2015 e tenho que respeitar, mas até lá muitas coisas podem rolar, como a minha permanência.”

Os dirigentes ainda estão cautelosos em falar publicamente da negociação pela permanência do atleta, mas há uma mobilização para o meio-campista ficar, ao menos, até o fim do ano. Emerson Leão se dispõe até a ligar para Arsène Wenger, técnico da equipe londrina, para ajudar. Mas Denilson adianta que, agora, nem um apelo pessoal dele auxiliará nas conversas.

“O meu advogado está resolvendo as coisas e o São Paulo está fazendo o possível, trabalhando ao máximo para a minha permanência. O Arsenal disse para, primeiramente, esperar os dois jogos das semifinais. Não posso fazer mais nada. Vamos jogar. Se ganharmos, vamos pensar a longo prazo se vou ficar ou não até a final”, contou.

O que Denilson gostaria de evitar é ser desfalque nas decisões da Copa do Brasil, marcadas para 4 e 11 de julho. “Se passarmos da semifinal e o Arsenal aceitar a minha permanência por mais duas semanas, eu amaria jogar as finais. Trabalhei, briguei desde o início do campeonato, não queria jamais perder essas finais”, comentou.

Diante da apreensão pelo seu futuro, o jogador até diminuiu as conversas com seus representantes. Ciente de que pode estar realizado suas últimas partidas com a camisa tricolor, Denilson tenta se manter focado nos jogos.

“Pedi para que meu advogado não me ligasse muito para falar dessa questão. Gosto de viver na realidade e no momento. Na minha cabeça, o foco está nas partidas que temos pela frente, contra o Inter, o Santos e a semifinal contra o Coritiba. Procuro fazer meu trabalho sem me preocupar com o futuro”, afirmou Denilson.