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Descontraído, Ceni conta histórias e brinca em coletiva antes do 1000º

Capitão falou sobre as baratas do Morumbi, não tomar café com leite, tirou sarro de jornalista, dos mil gols de Pelé...

Rogério Ceni vai completar mil jogos pelo São Paulo nesta quarta-feira (Foto: Eduardo Viana)

Por 45 minutos, antes do último treino de apronto para o jogo desta quarta-feira, Rogério Ceni deu entrevista coletiva no palco em que mais brilhou na carreira: o Morumbi. A seriedade que leva para o campo, em várias ocasiões, foi deixada de lado. O amor pelo clube e a vontade de ganhar foram lembrados a cada resposta. O capitão honra o apelido de mito, recebido dos são-paulinos.

– Eu aceito (ser chamado de mito), e fico muito feliz pelo carinho do torcedor. Sei como é ter ídolo, porque tive quando era criança – disse Ceni.

O capitão fez questão de se lembrar dos primeiros anos no Morumbi. Com 17 anos, em 1990, recusava – e ainda recusa – o café com leite.

- Leite? Só com alguma coisa, tipo uma vitamina.

Mas não dispensava o pãozinho com manteiga. Na época, diferentemente do que vive hoje, as baratas faziam a festa após a molecada se esbaldar no refeitório. O sonho era chegar ao profissional, superando as adversidades da infância, e com apoio familiar:

- Ganhava cerca de R$ 200, como ajuda de custo, mas não tinha dinheiro para comprar outras coisas fora. Ficava tudo sujo (no refeitório), tinha barata nos pães... Ou era aquilo ou era aquilo (que se comia). Acho um fato necessário de se passar na vida, importante para todo menino. Não foi privilégio meu, mas de todos. Encarava aquela situação ou ficava com fome. Por isso, pude dar o valor exato ao que este clube tem para mim.

Rogério tem ideia do quanto é ídolo dos tricolores. Muito assediado quando sai de casa, procura ficar mais recatado. As filhas (gêmeas Clara e Beatriz) ainda não têm noção do que o pai simboliza. Muito menos, de como é o futebol:

– São pequenas, só seis anos, mas sabem que as pessoas me conhecem. Elas ficam com um pouco de ciúmes. Uma delas, certa vez, perguntou por que não faço gol no gol que é mais perto de mim, sem precisar atravessar todo o campo.

O clima de descontração continuou durante a entrevista. Rogério brincou sobre Pelé (Santos) que, ao lado de Roberto Dinamite (Vasco), são os únicos no Brasil que ultrapassaram a marca de mil jogos por um único clube. Para o capitão, ele só é melhor do que o Rei – que fez "uns milzinhos a mais" – embaixo do gol.

Para finalizar, o camisa 1 brincou com uma repórter. Mineira, ela disse que, ao chegar em São Paulo, descobriu que não se pode falar mal do ídolo. Segundo ela, é pior do que falar dos pais deles. Em seguida, Ceni falou sobre a rivalidade na capital paulista e a questionou sobre quem tinha mais torcida: Atlético-MG ou Cruzeiro? Ela afirmou que era o Galo, com 80%. De prontidão, o capitão disparou:

- É... então você está me secando para o jogo (risos).

No treino, Rogério também não escondeu a felicidade pelo momento, mas trabalhou com seriedade para estar bem hoje à tarde. Nos 90 minutos de bola rolando, concentração total. Depois, com a tão esperada vitória, Ceni vai extravasar.







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