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Ceni aceita alcunha de mito, mas descarta ser insubstituível


Como Zetti, o titular quando Ceni começava no São Paulo, Rogério disse não ser insubstituível
Foto: Fernando Borges/Terra


Títulos, gols, atitudes e grandes defesas fizeram Rogério Ceni, que completa mil jogos pelo São Paulo na quarta-feira, um mito para os torcedores de seu clube. Ele, de bom grado, diz aceitar a alcunha e lembra a importância que ídolos, como ele, têm para a camisa que vestem.
"Eu aceito e fico muito feliz (de ser chamado de mito). Eu sei como é ter ídolos. Como era criança, garoto, vi Careca jogar. Depois tive prazer de jogar com o Raí, Zetti, que foi meu companheiro. O próprio Muricy, que foi atleta, depois treinador. Cada época, geração, tem pessoas que representaram o clube", afirmou o capitão do São Paulo em entrevista concedida antes do treinamento desta terça, no Morumbi.
Se falou de sua história, Ceni também projetou o futuro ao ser perguntado se o clube estaria preparado para não contar com ele dentro de campo. Rogério, cujo contrato vai até o fim de 2012 e aparentemente não tem um substituto definido (seu reserva é Denis), acredita que as coisas vão acontecer de forma natural.
"O São Paulo depois que eu parar vai acabar ainda maior. Ninguém é insubstituível. Eu pararei e a vida continuará. Talvez o próximo que venha vai ter as mesmas dificuldades que eu tive quando substituí o Zetti. Eu só pensei que tinha que fazer algo diferente e fiz. O São Paulo sempre continuará imenso, enorme. Vou virar um torcedor do São Paulo, ocupar o lugar mais especial. O mínimo que eu serei é um torcedor do São Paulo para o resto da vida e o torcedor é quem realmente importa", definiu.
Rogério Ceni, um quebrador de marcas por natureza, negou que esse seja seu maior prazer. Pelo contrário, se definiu como um trabalhador diário. "Eu vivo o dia de hoje. Não pretendo bater o recorde de ninguém. Elas (marcas) aconteceram pelo meu trabalho, pela minha dedicação. Quero jogar até o dia que eu esteja bem. Meu desejo é voltar à Libertadores do ano que vem e tentar, aos 39 anos, ser campeão. Isso é o que eu durmo todo dia pensando".
Os 999 jogos de Rogério Ceni, na história do futebol brasileiro, só foram atingidos por mais dois atletas: Pelé, que chegou a 1114 pelo Santos, e Roberto Dinamite, dono de 1065 partidas pelo Vasco. Dono de 103 gols na carreira de 15 anos como titular do gol são-paulino, sendo sete apenas nesse ano, ele participou de 125 dos 126 últimos jogos do time - foi poupado em um. Ceni não é desfalque de verdade desde outubro de 2009.

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