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Oscar x São Paulo

Estou acompanhando atentamente os desdobramentos do caso Oscar x São Paulo.

O São Paulo subestimou seu empresário no que diz respeito à rescisão de contrato na justiça trabalhista.

Como já escrevi em post anterior, Giuliano Bertolucci vinha a quatro meses tentando um aumento para seu cliente e avisou que poderia entrar na justiça, mas a diretoria do São Paulo não acreditou que isso pudesse realmente acontecer e não deram ouvidos.

Oscar por sua vez, vem agindo de forma completamente precipitada nas ultimas horas.

Já que entrou na justiça para ter seu passe e conseguiu uma liminar, jogador e familiares tinham que ficar absolutamente longe da imprensa evitando dar declarações polêmicas já que a decisão esta longe de ser definitiva.

Mas o que fizeram Oscar e sua mãe?

Deram entrevistas duras, criticaram o clube e Oscar até chegou a dizer que não joga mais no São Paulo com esta diretoria e que não vê problema em jogar pelo arqui-rival Corinthians.

Tudo certo, declarações normais se o jogador já tivesse a certeza de sua vitória na justiça.

Mas, e se o São Paulo reverter à situação e conseguir segurar o jogador até o final do contrato em 2012?

Como o jovem atleta vai encarar os diretores e principalmente os torcedores?

Será que Oscar vai ter clima para desenvolver sua carreira e provar que realmente e um jogador acima da media?

Será que a torcida do São Paulo, que já pegou no pé de vários ídolos por muito menos, vai entender o lado do jogador e apoiá-lo nas arquibancadas?

Difícil responder, mas as pessoas que o cercam, tinha de prever todos os cenários possíveis e blindar seu cliente neste momento em que a batalha jurídica esta apenas começando.

A QUESTÃO FINANCEIRA

Para mim, o cerne da questão é financeiro.

No futebol, a realidade é completamente diferente da que conhecemos no dia a dia do trabalhador comum.

Oscar, quando assinou seu primeiro contrato profissional com 16 anos em 2007, ganhava 7500 reais.

Em 2008, com a emancipação e a assinatura de um novo contrato, passou a ganhar 8500 reais além de 190 mil reais de luvas.

Valores astronômicos para a esmagadora maioria dos trabalhadores do Brasil, mas não no mundo do futebol.

Oscar era considerado a jóia da coroa pela diretoria e comissão técnica, logo teria que ter este reconhecimento também em sua conta bancária.

Mesmo que ainda não tivesse se firmado no time profissional.

Os exemplos são muitos.

O Santos paga valores muito superiores aos meninos de sua base, que tem potencial acima da média.

Como aconteceu recentemente com Neymar, que mesmo antes de se firmar no time titular, já recebia 80 mil reais por mês.

Foi pensando nisso, que Giuliano Bertolucci e seu staff convenceram Oscar a romper seu contrato com o São Paulo.

O empresário tentou argumentar e avisou os dirigentes nos últimos quatro meses, tentando um reajuste ainda neste ano, mas a diretoria do clube não quis recebê-lo para falar sobre o assunto.

Em minha opinião, não há bandidos ou mocinhos nesta história, apenas a realidade nua e crua de um mercado extremamente profissional e capitalista.

Cabe a justiça agora decidir quem esta com a razão.

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