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Dispensável em Londres, técnico chega por poder político de Juvenal

Juvenal Juvêncio decide praticamente sozinho os destinos do clube e escolheu Ney Franco como nome ideal para ficar à frente do time. Para trazer o técnico, o presidente do São Paulo tinha dois trunfos: a proximidade com o presidente da CBF, o ex-jogador do Tricolor José Maria Marin, e a perda de espaço do comandante as categorias de base da Seleção Brasileira na equipe que disputará as Olimpíadas.

“Foi uma saída tranquila porque foi bem trabalhada politicamente. Eu não sairia para me aventurar em qualquer clube, e a conversa do presidente facilitou muito para eu sair da CBF de forma honrosa”, admitiu Ney Franco, relatando que a diretoria se dividiu em dois para fazê-lo aceitar o terceiro convite do clube: Adalberto conversava com Ney e Juvenal negociava com Marin.

Além da habilidade política de Juvenal, o técnico ver que não seria importante na delegação olímpica, apesar de ter classificado o País para a competição com o título sul-americano sub-20 no ano passado, pesou para que ele saísse da comissão técnica que será chefiada por Mano Menezes em Londres. Embora ele não admita isso explicitamente.

“Lógico que eu gostaria de participar, sonhei muito com isso, mas não dirigir a Seleção não teve influência nenhuma na minha decisão. Quando iniciei os trabalhos, eu sabia que o meu maior objetivo era classificar o Brasil para as Olimpíadas”, tentou desconversar. “Minha principal ajuda nas Olimpíadas já foi feita. O Mano tem uma comissão técnica muito bem montada. A minha presença ou ausência não seria determinante para ganhar ou não a medalha.”

Sem importância para ir à Inglaterra, o técnico até deixou de lado sua missão na CBF. “Em alguns momentos, o desligamento da CBF para um clube era rejeitado por mim. Eu não estava como técnico da sub-20, mas desenvolvendo um papel muito importante para a base do futebol brasileiro. Minha consciência pesava por deixar tudo plantado, mas em um ano e cinco meses deixamos um legado muito legal”, apostou.



Para sua alegria, não houve indisposição com Marin. “A posição do presidente da CBF em me liberar ajudou para um momento de definição. Sempre saí pela porta da frente, não ia ser diferente na CBF. O presidente colocou portas abertas para um retorno futuro. As coisas aconteceram normalmente”, disse Ney Franco, que não indicou substituto e agradece à evolução que teve na Seleção sub-20.

“Evoluí muito neste período. Disputei o Sul-americano e o Mundial sub-20, com todos os times jogando um futebol moderno. E estive em muitos torneios internacionais. Você aumenta o seu repertorio de exigência quando se trabalha em uma Seleção Brasileira sub-20 porque todos os jogadores lá têm talento. Dá para montar uma equipe como você gosta de armar, enquanto no clube você tem que se adaptar à qualidade dos jogadores”, comparou.

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