Contratado neste ano após o São Paulo pagar R$ 4,5 milhões por 50% de seus direitos econômicos, Osvaldo chegou a ficar fora até da concentração ao ser detectada acomodação do atacante com a reserva. Depois do choque, o jogador teve mais chances e até se esforça mais, mas avisa: a aparente apatia faz parte de sua personalidade.

“É meu estilo de treinar”, explicou o atleta, que teve de obedecer a Emerson Leão para poder entrar em campo. “O professor Leão quer que eu treine mais forte. Sempre foi o meu estilo, mas ele falou para eu treinar mais forte e procurei treinar”, contou.

Para agradar seu comandante, Osvaldo, que deve ser titular nesta quarta-feira contra o Inter, no Beira-Rio, pelo Campeonato Brasileiro, tem se dedicado não só nos coletivos e treinamentos táticos, mas principalmente em exercícios de aprimoramento.



“Tenho feito algo a mais nos treinos para ter o que preciso. Agora tenho feito mais finalização com o Fernandinho e o restante do grupo, que tem me ajudado bastante”, falou, confiando que mudou a visão do chefe. “Ele ficou feliz com meu desempenho nos últimos treinos. Tive mais oportunidade para mostrar cada vez mais e ajudar a equipe.”

Há pouco mais de quatro meses no clube, Osvaldo, destaque no Ceará que foi rebaixado no último Campeonato Brasileiro, conta que o período no qual não pôde nem ficar no banco de reservas gerou até evolução em seu futebol.

“Eu vinha trabalhando. Foi opção do professor Leão me deixar fora. É até bom, comecei a ver que preciso dar algo mais. Procurei trabalhar para estar preparado e, na última atuação, consegui ajudar meus companheiros”, disse, lembrando do rendimento na vitória por 1 a 0 sobre o Bahia, quando criou a jogada do gol e ainda acertou a trave nos acréscimos.