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Juvenal eterno

Manda-chuva tricolor dá de ombros para o estatuto do clube e oficializa candidatura para tentar o terceiro mandato seguido na presidência do Tricolor.

Juvenal Juvêncio oficializou nesta quinta sua candidatura. Ele vai em busca de um terceiro mandato na presidência do São Paulo. A decisão segue na contramão do estatuto do clube, que não permite duas reeleições seguidas para o cargo.

Como não poderia deixar de ser, Juvenal está sendo criticado pela oposição, que promete levar a questão à Justiça, caso necessário. Até mesmo dentro da base aliada há quem critique o cartola. É o caso do ex-superintendente de futebol Marco Aurélio Cunha, que nesta quinta anunciou seu desligamento do cargo. "Não gosto de mudança estatutária, embora o clube precise do Juvenal", disse.


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O mentor da manobra que será tentada por Juvenal é o também ex-presidente do clube e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Carlos Miguel Aidar. Segundo ele, Juvenal pode buscar o terceiro mandato.

Isso porque, há dois anos, foi alterada a duração de governo dos presidentes são-paulinos. Até 2008, o tempo de mandato era de dois anos. Após a mudança, passou para três. A tese de Aidar é simples: como só concorreu uma vez ao posto de três anos, Juvenal teria direito a mais uma candidatura.

Opinião
Carlos Alencar
Editor-executivo

Virada de mesa mancha o clube
Houve um tempo no São Paulo em que seus dirigentes enchiam o peito para bradar que o clube se diferenciava no mercado pelas suas atitudes. Não chegavam a assumir uma estirpe aristocrática porque seria afetação explícita - embora muitos deles se sintam mesmo ungidos por um ser superior. Mais do que Deus. E pelo simples fato de ser tricolor.

Juvenal Juvêncio acredita piamente nesse mantra. Ele se sente mesmo dono do São Paulo. Daí o fato que não ruboriza suas faces já rosadas a tentativa de virar a mesa e se perpetuar no cargo de déspota do Morumbi. Para quem se acha acima do bem e do mal, o desmando é apenas um detalhe.

Quem traduzia bem o que representa a figura de Juvenal no clube é Muricy Ramalho. Sempre quando alguém tentava puxar o seu tapete, ele se tranquilizava porque tinha as costas esquentadas pelo posseiro travestido de cartola. Quando o dorso esfriou, caiu.

O fato é que o São Paulo tem um ditador. E ele não se importa em jogar o clube na vala comum.

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