publicidade

Em Angola, Rivaldo dispara: 'Dirigente do São Paulo pediu para eu mentir'

Dispensado pelo Tricolor Paulista, meia revela que foi instruído a dizer que só aguentava jogar 45 minutos para poder dar chance a novos talentos do clube

A série Missão de Paz desembarcou em Luanda, capital de Angola, para mostrar como os tempos pacíficos vem ajudando o esporte no país. Rivaldo foi contratado pelo Kabuscorp para mostrar o futebol angolano para o mundo. O meia chegou ao novo clube animado, com disposição de sobra para a pré-temporada. Aos 39 anos, Rivaldo garante ter fôlego para jogar os 90 minutos de uma partida. No São Paulo, seu último clube no Brasil, atuava quase sempre por apenas 45 minutos.

Segundo ele, isso acontecia para poder dar chance a novos talentos do clube.
- O treinador quando chega, vai logo pela sua idade. No São Paulo, eu participei de todos os treinamentos que tinha, com jogadores de 20 anos, de 22 anos, e eu estava participando, fazendo os treinamentos normalmente. E tinha com condições de jogar os 90 minutos sempre. Hoje o futebol é comércio e é melhor jogar com um jogador mais novo, para poder ser vendido, e sempre quem sai é o Rivaldo - desabafou o atleta.
O meia conta que foi instruído pela diretoria do clube a dizer em entrevistas que não tinha fôlego para os 90 minutos de uma partida:
- Chegou até o momento de alguém da diretoria falar pra eu dizer na imprensa que só poderia jogar 45 minutos. Claro que não iria falar isso, porque iria estar contra mim. Aqui em Angola, depois da pré-temporada, estou disposto a jogar os 90 minutos, e vocês vão ver. Os 90 minutos aqui e no Brasil são os mesmos - disse Rivaldo.

Com a missão de criar um impacto no futebol de Angola, Rivaldo é o primeiro melhor do mundo a atuar no país. Fernando Republicano, diretor do Kabuscorp, foi quem teve a idéia de levar o jogador para Angola.

- Nós pensamos: "Quem melhor do que o Rivaldo para nos levar a escrever bem alto no mundo que, de fato, existe o futebol em Angola?" Então, o Rivaldo foi a nossa preferência, e desde já agradecemos a forma carinhosa como ele aceitou o nosso convite, não só para jogar no Kabuscorp, como também para ajudar na estrutura do clube.

Que ele seja uma janela se abre para o Mundo, para outros craques virem para Angola - disse o diretor.


Série Missão de Paz chega a Angola e encontra o craque Rivaldo (Foto: Rafael Freitas/TV Globo)

Outros países
Contribuir para a popularização do futebol, como Zico fez no Japão, e Pelé nos EUA, não é novidade para Rivaldo. O meia já fez o mesmo na Grécia, e também no Uzbequistão. Andando pelas ruas de Luanda, Rivaldo se sente um embaixador do Brasil.

- Não é facil a gente sair assim para jogar fora. Primeiro, fui pra Grécia, e por estar lá, não fui convocado para a Copa de 2006, porque lá não se fala tanto do futebol. Depois, fui para o Uzbequistão também, um país difícil em todos os sentidos. E lá também passaram Zico e Felipão. E aqui, novamente. Estou vindo pra cá, outro país diferente, que necessita de ajuda no futebol. Eu sei que meu nome é importante para o mundo.

Quando fui contratado, saiu no mundo inteiro. Agora espero que eu possa render dentro de campo. Eu não gosto de viver do passado, eu gosto de viver do presente, e se eu vim pra cá é para jogar e fazer algo pelo clube e pelo país - disse Rivaldo.


Rivaldo chega ao Kabuscorp para popularizar o futebol angolano (Foto: Rafael Freitas/TV Globo)

Confira a íntegra do bate-papo entre o repórter Régis Rösing, o produtor Rafael Freitas e o repórter cinematográfico Marcelo Bastos com Rivaldo. O craque falou sobre Copas do Mundo, saudades da família e mais.

Régis Rösing: Rivaldo, você veio aqui para Angola para tentar repetir o que fez Zico no Japão e Pelé nos EUA, trazendo experiência e conhecimento?

Rivaldo: É, com certeza, abrir as portas, já que eu já fiz isso na Grécia, no Uzbequistão, e agora aqui em Angola. Espero que eu possa ser uma boa referência e que eu possa jogar bem. Se eu jogar bem aqui, com certeza as portas vão se abrir para outros brasileiros virem jogar também.

Você agora fica quanto tempo aqui?

- Meu contrato é até dia 30 de novembro, e tem dez meses aí para que eu possa ser aprovado.
Fisicamente, qual é a diferença do Rivaldo hoje, com 39 anos, de quando foi eleito o melhor jogador do mundo?
- Hoje eu estou com quase 82 quilos. Naquela época, eu estava com 85 ou 86 quilos, e tinha sido o melhor do mundo. Hoje estou com menos peso, pois me cuido bem. Agora, preciso fazer bem a pré-temporada, para que todos me conheçam quando começar o campeonato.
Você tinha quantos quilos quando foi pentacampeão em 2002?
- Devia ter de 83 a 84 quilos. Eu estava muito bem, graças a Deus fiz uma boa Copa do Mundo, e saímos campeões. Muitos falam que eu fui um dos melhores daquela Copa, então fico feliz de ter esse carinho da torcida, de reconhecer que eu fui um jogador importante naquela Copa.

Copa de 2002, estamos em 2012, portanto, 10 anos da conquista do pentacampeonato. Quais foram os segredos daquela Copa?

Eu acho que a união do grupo. Ninguém acreditava na Seleção Brasileira, porque para classificar para essa Copa foi difícil. Todo mundo dava a Argentina como favorita, que estava classificada com muitos jogos de antecedência. Nós fomos desacreditados, e conseguimos lá nos unir, jogar futebol, sair com sete vitórias e sermos campeões. Acho que foi o coração na ponta da chuteira, o amor ao Brasil. Eu vinha de uma derrota numa final de Copa do Mundo, contra a França. Era a minha última oportunidade de ser campeão. Então eu dei ali o meu máximo, e todos os jogadores ali, principalmente os que foram para a copa de 98, sabem como é ruim perder uma Copa do Mundo. E aí a gente teve esse oportunidade de chegar a uma final, lembro como se fosse hoje o Felipao falou comigo, com o Roberto Carlos e com o Ronaldo, dizendo que essa poderia ser a nossa última Copa, e a última dele também.

O que o Felipão falou para vocês na véspera da final contra a Alemanha em Yokohama, no Japão?

- Que era a oportunidade. Tanto dele, quanto de muitos jogadores, que talvez não fossem ter outra Copa do Mundo. E que entrassem em campo com tudo. Ele é uma pessoa que incentiva muito, a maneira dele ser, gaúchão.

Acho que ele passa uma energia positiva para os jogadores, e isso ele passou em toda Copa. Era um sonho pra ele, então ele falou bastante ali, incentivando o grupo, o que com certeza deu resultado. Mas o Brasil, do jeito que estava jogando, com certeza, se tivessem mais jogos ali, o Brasil ia ganhar.

E alguma outra, contra a Alemanha, em jogos decisivos, vocês falavam, um cobrava do outro?

Não teve, acho que os jogadores nesse momento estavam com tanta responsabilidade para serem campeões, que não tinha muita historinha, né? Não me lembro de outras histórias.
Rafael Freitas: Diziam que você e o Ronaldo Fenômeno viviam numa disputa interna, para ver quem era o melhor artilheiro. Isso existiu?

Rivaldo: Da minha parte, jamais, porque eu nunca tive isso de querer ser melhor do que outros, e principalmente do Ronaldo. Acho que sempre respeitei muito o Ronaldo, adorava quando ele estava em campo. Quando ele estava machucado, nas eliminatórias, eu estava sendo a bola da vez, e as críticas eram mais para mim. Eu sentia a falta dele, porque era o jogador que dividia a responsabilidade. Eu conhecia a maneira dele receber uma bola, quando ele queria a bola no pé, ou quando ele queria a bola lá na frente.

Jamais eu tive alguma discussão com Ronaldo, e admiro muito como jogador, como pessoa. Até hoje, o Ronaldo é o que é porque é uma humilde, boa pessoa. Já ouvi esses boatos, que eu estava brigando com o Ronaldo, que eu não passava a bola para outros, mas isso aí é totalmente mentira. Até hoje nós temos uma boa relação.


Rivaldo espera fazer um bom trabalho na pré-temporada para jogar 90 minutos (Foto: Divulgação/TV Globo)

Rafael Freitas: A melhor resposta para isso seria o segundo gol da final, que você poderia ter dominado, mas passa a bola para ele, né?

- O primeiro eu chutei, o goleiro defendeu, e o Ronaldo fez. Agora, naquele lance, além de eu ter visto o Ronaldo atrá de mim nessa hora, pedindo a bola, deixei para que ele pudesse controlar, fazer o segundo gol e nos dar o título.

Régis Rösing: Que você poderia ter dominado e chutado
Poderia ter dominado, não sei se eu poderia fazer o gol. Tinha que dominar bem aquela bola, porque era uma bola difícil, que eu preferi deixar para o Ronaldo, para que ele pudesse fazer o gol.

Rafael Freitas: Quando o Cafu sobe na bancada, você está com a mão na cabeça, como se não acreditasse naquilo. Como foi aquele momento da Taça, que vocês realizaram que eram os campeões do mundo?

- Ah, é uma viagem, né? A gente fica um pouco fora de si, porque a gente vê pela televisão os jogadores que levantaram a taça, a emoção dos jogadores que participaram de quando o Brasil foi campeão, de quando foi bicampeão, tricampeão, tetracampeão, e quando chega na sua oportunidade, você consegue, então você fica viajando. Será que isso é verdade mesmo? Naquele momento ali a gente fica... eu estava observando o Cafu levantar a taça ali, foi um gesto muito bonito que ele fez pra sua esposa, gritando o nome dela. Foi um emoção muito grande, tanto pra ele quanto para os outros jogadores, e para toda a torcida brasileira.

Régis: E o que dá mais saudade em você do penta? Todos os momentos vividos, todos os jogos, se você pudesse escolher hoje um dos momentos, e pudesse reviver essa história?

- Quando terminou o jogo ali, aquele 2 a 0 ali, aquela festa ali, e a gente saber que foi campeão. Claro que tem outros momentos, o momento quando você marca, quando eu tirava a camisa. Na Copa do Mundo são muitos momentos, né? Mas a final ali que termina e que a gente consegue ser campeão... Principalmente para mim, que fiquei muito abatido em 98, por ter perdido. E também muitas histórias que contaram em 98. Falaram que o Brasil entregou o jogo, e que os jogadores ganharam dinheiro. Às vezes as pessoas não sabem o quanto é uma alegria de ser campeão. Esse boato chegou até à minha mãe, de tanto escutar pela televisão, e em alguns jornais, perguntar quanto eu ganhei. Jamais eu vou deixar um título como esse escapar por ganhar qualquer tipo de dinheiro. Em 98 a França jogou melhor. Em duas bolas paradas, dois gols de Zidane e isso aí matou o Brasil. A França fez o seu melhor jogo na Copa e o Brasil fez o pior jogo.

Régis: O que realmente aconteceu com Ronaldo? O que você viu?

- Eu fui até o quarto do Ronaldo, isso foi uma convulsão que ele teve. Uma convulsão e até hoje não deu mais nele. Ele estava no quarto, o doutor, o César Sampaio, tinha muita gente. O Roberto Carlos desesperado.... O Roberto Carlos antes estava conversado com ele, e de repente viu que ele estava tendo essa convulsão.

E eu chegando lá, vi que ele ainda estava com convulsão, e chegou o doutor Lídio e o César Sampaio. Aí de repente, foi acalmando, e o Ronaldo continou dormindo. Eu só fui ver ele depois, na hora do lanche, e ele sentado perto de mim, falando que estava com sono. Mas aí os jogadores foram proibidos de falar pra ele. Depois, na saída para o campo, ele já estava esperando o carro para poder fazer os exames. Falei para ele que fosse pro hospital, porque foi sério.

Na hora do jogo, quem ia jogar era o Edmundo, e depois ele chega e entra numa sala, junto com o Zagallo, com o doutor, já queria pegar o seu material. Conversaram, ele se veste e já vai para o aquecimento. E o Zagallo chega para o Edmundo e fala que quem vai jogar é o Ronaldo.
E por falar em Edmundo, e aquela discussão entre vocês no final do jogo? O que realmente aconteceu? O que vocês falaram?

- A gente estava perdendo de dois a zero, e como o jogador da França caiu, fazendo cera, se eu continuo o jogo, ia ser ruim não colocar a bola pra fora. Como estava já no final do jogo, era impossível a gente virar, então eu joguei a bola pra fora, e o Edmundo ficou chateado. Mas são coisas do futebol.

Você tinha a esperança de disputar a Copa de 2006 na Alemanha?

- Eu tinha esperança, e somente depois de uma ligação numa quinta ou sexta-feira antes do jogo amistoso contra a Rússia, se não me engano, e falando com Parreira, ele dizendo que estava me acompanhando, que eu estava muito bem e tudo. Se o Ronaldinho Gaúcho não estivesse bem, Kaká, e eu podia estar no grupo, pela experiência. Mas, chegando na terça-feira, saiu essa convocação, a última convocação pra esse jogo amistoso, eu não estava, e perdi a esperança de poder disputar essa Copa do Mundo. O que eu escutava era que estava na Grécia, e o futebol de lá não é visto no Brasil. Acho que um jogador como eu naquela época, podendo estar em qualquer país, não precisa de mostrar. É como hoje, se você vê um jogador como o Neymar, acho que ele pode jogar em qualquer país, mastem que ser sempre convocado.
E as saudades do Brasil aqui em Angola?

- Eu tenho cinco filhos, graças a Deus, todos com saúde, mas quando você está aqui, você sente saudade, principalmente dos dois que vão ficar no Brasil. Três estão comigo, e dois vão ficar com sua mãe lá. E bate essa saudade, e principalmente da filha, que vai fazer 15 anos, e eu não vou estar lá participando do aniversário de 15 anos. Como a minha vida toda eu me sacrifiquei pelos meus filhos, pela minha família, de estar jogando em outros países, a minha vida toda foi um sacrifício. É uma luta que vale a pena, pela família, então a gente tem esse sacrifício pela família que vale a pena deixar a família feliz.

Nesses anos de carreira profissional de jogador de futebol, quais as maiores mágoas, que você não gosta de lembrar?

- Rapaz, eu não gosto de lembrar das Olimpíadas, porque não conseguimos ser campeões. Saímos para a Nigéria, e eu saí dali como o culpado. O jogo estava 3 a 1, eu estava no banco e entrei no lugar do Juninho Paulista.

Perdi uma bola no meio campo, e a Nigéria fez 3 a 2, e tomamos mais dois gols. Aí depois fiquei de castigo. Mais um ano sem poder vestir a camisa da Seleção Brasileira, por esse lance. E pra mim foi duro isso. Futebol é um grupo, e eu fui culpado ali. Por um lance, tive um castigo de não poder ir para a Seleção Brasileira durante um ano, mesmo estando jogando muito bem na Espanha, no Deportivo La Coruña. Eu tive que voltar porque estava muito bem na Espanha, voltei, dei a volta por cima, joguei uma grande Copa do Mundo em 98, e depois em 2002, também fiz outra grande Copa do Mundo, me consagrando campeão.


Luanda passa por um momento de reconstrução, após a conquista da paz (Foto: Rafael Freitas/TV Globo)

Rafael Freitas: Você conhecia já alguma coisa da história de Angola, ou da realidade do país?

- Para falar a verdade, eu não conhecia praticamente nada. Eu fui pesquisar, e você quer logo saber onde vai morar, como é, mas nada vai me assustar, porque no Uzbequistão é totalmente diferente, lá é mais fechado, muito complicado. Então aqui, eu estou feliz da vida.Eu sou uma pessoa que vim do nada, minha infância foi muito pobre, e eu tô aqui nesse lado também pra poder ajudar se for necessário. Com certeza é necessário ajudar, então eu espero primeiro fazer meu trabalho dentro de campo e depois quem sabe também fazer um trabalho social.

Marcelo Bastos: O Rivaldo, que é conhecido no mundo inteiro, é mais reconhecido fora, ou dentro do Brasil?

- Depois da Copa de 2002, eu acredito que lá no Brasil as pessoas me respeitam mais. É claro que quando eu estou em outro país, as pessoas vem pedir autógrafo, então eu sou bem reconhecido lá fora. Eu fiz muitas coisas boas jogando no Barcelona, e isso fica marcado.

Régis Rösing: De todos os times que você já passou, qual o esquema do time que você gostaria que fosse repetido aqui, na sua nova equipe em Angola?

- Para falar a verdade, eu me adapto rápido em qualquer sistema do treinador, porque a minha posição não vai mudar muito, jogando no meio-campo, e em qualquer sistema eu vou estar feliz para ajudar o meu clube aqui.

E de todos os times que você passou, qual que você gostou mais?

- Foi o Barcelona, que passei cinco anos. E foi do Barcelona que cheguei a jogar duas Copas do Mundo e fiquei conhecido mundialmente. Então eu fico com o Barcelona.

E quem foi o jogador que você mais gostou de atuar ao lado?

- Ah, tem o Ronaldo, o Ronaldinho Gaúcho, e no Barcelona o Kluivert, holandês. Acho que tem vários jogadores.

E o gol que você mais gostou de fazer?

- Tem muitos gols que eu também fiz, bem legais, mas o que foi marcante foi o que eu fiz no Barcelona de Bicicleta, contra o Valência.

Quem é o seu técnico preferido?

O meu preferido, acho que tive o Vanderlei Luxemburgo, depois o Felipão. Fico com esses dois.

E qual foi o seu jogo inesquecível?

- Um jogo que ficou marcado na minha mente foi um jogo amistoso contra a Argentina, lá em Porto Alegre, que eu fiz três gols. Era para ser quatro, mas o juiz tirou um gol meu contra a Argentina.

Se você fosse um repórter, comentarista, ou crítico, e fosse falar do Rivaldo, o que falaria?

- Eu posso falar que eu sou um exemplo. No futebol, tanto dentro de campo quanto fora de campo. Acho que pela educação que o meu pai me deu, eu sou uma pessoa humilde, que trato todo mundo igual. Quando eu era moleque, eu observava muito o Zico. Ele para mim foi um exemplo de pessoa. Hoje eu estou chegando aos meus quarenta anos jogando futebol.

Então isso a pessoa tem que se cuidar, e ser humilde. Acho que o futebol às vezes tem muita mentira dentro do futebol, que prejudica o jogador. Então hoje quando você está bem, tem batidinha nas costas, e tem jogadores que tem que ter muito cuidado com isso. Como as pessoas falam, eu não fui muito valorizado, né? Acho que se eu tivesse sido valorizado, ótimo, mas não fui.

Paciência, o importante é você estar bem com a sua família, morar bem, ter suas coisas. Então o jogador tem que ser inteligente porque, como já falei, a carreira é curta e você tem que ter suas coisas pro resto da vida, pra poder dar educação para os seus filhos. E graças a Deus isso eu tenho, de ter essa minha inteligência de poder ver esse lado de família.

VEJA TAMBÉM
- São Paulo e Palmeiras empatam sem gols em clássico ruim no MorumBis
- Tricolor escalado para o jogo contra o Palmeiras
- Veja a provável escalação do Tricolor para o jogo de hoje


Receba em primeira mão as notícias do Tricolor, entre no nosso canal do Whatsapp


Avalie esta notícia: 15 23

Comentários (25)

Enviar Comentário

Para enviar comentários, você precisa estar cadastrado e logado no nosso site. Para se cadastrar, clique Aqui. Para fazer login, clique Aqui.
  • publicidade
  • publicidade
  • + Comentadas Fórum

  • publicidade
  • Fórum

  • Próximo jogo - Brasileiro

    Seg - 20:00 - MorumBIS -
    São Paulo
    São Paulo
    Palmeiras
    Palmeiras

    Último jogo - Libertadores

    Qui - 21:00 - Monumental Banco Pichincha
    https://media.api-sports.io/football/teams/1152.png
    Barcelona SC
    0 2
    X
    São Paulo
    São Paulo
    Calendário Completo
  • publicidade
  • + Lidas

  • publicidade