Santos e São Paulo se enfrentam na Vila Belmiro, hoje, às 16 horas, com objetivos diferentes. O time do litoral quer confirmar a reação e deixar para trás a zona do rebaixamento, enquanto o Tricolor disputa as primeiras posições e tenta chegar ao topo da tabela. Porém, apesar dos momentos distintos, as duas equipes se assemelham na característica dos times, que reúnem parte do futuro da seleção brasileira.


No Mundial Sub-20, em que o Brasil foi campeão, o Peixe tinha Danilo, e o Tricolor o zagueiro Bruno Uvini, o volante Casemiro, e os atacantes Willian José e Henrique. Já na equipe principal, que passa por ampla reformulação e con ta em sua maioria com jogadores jovens, os santistas agora são representados pelo mesmo Danilo, e mais os craques Neymar e Paulo Henrique Ganso, enquanto o time da capital tem seu garoto de ouro, o meia Lucas, no grupo do técnico Mano Menezes.

“São times que trabalham bem seus jogadores. Isso é bom para o espetáculo e bom para o jogo, pois trata-se de jogadores diferentes em campo”, compara o técnico santista Muricy Ramalho, que conhece bem as duas realidades.



Os atletas de ambas as equipes são inclusive amigos, graças ao período que passaram juntos vestindo a amarelinha. “A amizade que tenho com Danilo, Neymar e outros jogadores que estão lá é muito sadia. A gente brinca pedindo: não vem com tudo, vai devagar, deixa o São Paulo jogar”, brinca o volante Casemiro, do Tricolor.

“O Casemiro realmente é o mais próximo. No Sul-americano, por exemplo, a gente ficava sem ter o que fazer no hotel e compramos uns helicópteros de controle remoto para passar o tempo. Tudo bem que a gente não sabia usar e quebramos tudo rapidinho, mas valeu a diversão”, lembra Danilo.Amizade quando a bola começar a rolar vai ficar de lado, mas a expectativa de que será um bom jogo, graças a essa nova geração de talentos, é das maiores possíveis. “É um ingrediente a mais”, admite o santista.