Leitura de jogo. A expressão que o técnico Ricardo Gomes tanto gosta de empregar é a principal característica do volante Rodrigo Souto.

E olha que, em campo, o camisa 18 nem precisa dos óculos projetores (veja foto ao lado) que o acompanham nas concentrações. Com o objeto ou sem, a visão que Souto tem do jogo de hoje e do futuro do time na Libertadores é a mesma.

– Vejo grandes coisas. Estamos em busca do nosso objetivo maior, que é o título, e demos um bom passo para isso. Estamos batalhando pelo caminho certo – garantiu.

O óculos, que projeta uma tela de 60 polegadas em frente aos olhos do jogador, é uma amostra do principal vício de Souto: a tecnologia.

– Hoje em dia, você compra uma coisa e, daqui um mês, às vezes até antes, ela está totalmente diferente, modificada para melhor. As coisas têm mudado muito rapidamente, o mundo em si está tendo essa mudança muito rápida. Por curiosidade e por gostar de estar atualizado, busco me adaptar a essas coisas – disse.

A primeira aquisição, obtida através de um amigo do Rio de Janeiro que revende eletrônicos trazidos dos EUA, foi um laptop. De lá para cá, adquiriu um projetor portátil de cinema, iPods, iPhone, diversos video games, televisores de LED...

A obsessão por tecnologia já até levanta uma suspeita por parte dos rivais. Desde que ele virou titular, a equipe não foi vazado pela Copa Libertadores. Souto teria programado o time para não sofrer gols?

– (Risos) Que nada! O pessoal tem me ajudado desde que cheguei. Estamos sempre conversando lá atrás. Isso que dá suporte para o time – diz.