O lateral-direito Cicinho, da Roma, revelou que enfrentou uma luta com o álcool que quase arruinou a sua carreira --e que culminou, segundo ele, em desrespeito ao São Paulo durante sua segunda passagem pelo clube que o revelou, entre fevereiro e junho de 2010.
Em entrevista à TV Record, o jogador, que também atuou pelo Real Madrid e pelo Villarreal, disse que os "prazeres do mundo eram maiores do que o futebol pode proporcionar", e que a falta de uma sequência de jogos pela equipe italiana influenciou no alcoolismo.
"Não é que (o futebol) não atraía, mas é como eu falei, os prazeres do mundo acabam tirando esse prazer de jogar futebol. Imagina, você sem jogar na Roma, vai para o treinamento sabendo que não vai jogar, chega em casa e lota de gente, de falsos amigos para beber uma cerveja, fumar um cigarro..."
O alcoolismo culminou, segundo ele, em falta de compromisso com o São Paulo em sua passagem pela equipe no primeiro semestre de 2010.
"Nos seis meses em que voltei para o São Paulo, naquele empréstimo da Roma, eu nem pensava em jogar futebol, eu queria mais era largar mesmo. Não sei se ficou uma dívida (com o time), mas sim, me faltou o respeito com o São Paulo".
Ainda segundo o ex-são-paulino, ele não foi além do álcool devido à existência dos exames anti-doping. "(Ainda bem) que tem exame anti-doping, porque se fosse pelo mundo, com certeza, eu teria ido por esse lado, o álcool te leva a fazer coisas que você nem imagina".
Cicinho, que não renovou o contrato com a Roma e deixa a equipe no próximo dia 30, diz que não sabe se continuará a jogar futebol, e não descartou a possibilidade de virar pastor.
"Não sei se a vontade de Deus é que eu continue jogando, meu empresário está trazendo algumas propostas para mim, e não sei se a vontade dele é que eu siga o caminho da evangelização. Eu estou preparado para aquilo que Deus tem preparado para mim".
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