O afastamento de Paulo Miranda, retirado da concentração na véspera do jogo com a Ponte Preta, não foi a primeira intromissão da diretoria do São Paulo no trabalho de Emerson Leão.

Nos bastidores, a cartolagem são-paulina conta que o treinador só parou de criticar Lucas por exagerar nos dribles depois de uma conversa com Juvenal Juvêncio.

De acordo com o relato, o presidente afirmou que o técnico não deveria mais fazer críticas em público ao jogador. Se tiver algo para corrigir, deve passar suas instruções durante os treinos, conversando com o atleta.



Juvenal não queria mais ver na TV, ouvir no rádio ou ler em sites e jornais broncas a Lucas. Afinal de contas, deve ser de amargar assistir ao treinador fazer propaganda negativa da maior esperança de lucro do clube na próxima janela de transferências.

Procurado pelo blog, Leão negou que a diretoria atropele seu trabalho. E disse que fala só com os dirigentes o que tem para falar.

Tanto no caso de Lucas como no de Paulo Miranda a cartolagem tricolor cumpre a promessa feita na chegada de Leão ao Morumbi. Os cartolas juraram que não deixariam o técnico, de personalidade forte, “crescer”. Levariam o treinador com rédea curta.