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Leão quer que Denis crie "carapaça mais forte" após erro no San-São

Quando o São Paulo pressionava o Santos e parecia perto de empatar, Denis espalmou para dentro do gol um chute despretensioso de Neymar que concluiu a derrota por 3 a 1 e sentenciou a eliminação do Tricolor no Campeonato Paulista. A torcida, revoltada, gritou o nome do titular Rogério Ceni enquanto seu substituto se desculpava com o time. Mas o que seu técnico deseja é uma prova de maturidade depois do erro.

“Essas coisas acontecem para dar uma embocadura maior, experiência, testá-lo mesmo na infelicidade. É aí que se formam os grandes homens, é a diferença do homem para o menino. Essas coisas criam uma carapaça mais forte”, afirmou Emerson Leão.

Denis, entretanto, demonstrou ter sentido o peso de seu vacilo. Sempre disposto a conversar, o goleiro saiu de campo sem dar entrevistas, camihando rapidamente para os vestiários. Mas o chefe, tido como um dos maiores goleiros da história do futebol brasileiro - esteve em quatro Copas do Mundo -, lembra seu comandado das exigências da posição.

“Os momentos de infelicidade vão existir e ainda terão outros. Vivi 24 anos nesta posição e sei quanto é duro. Quem não tiver personalidade e brilho próprio jamais será goleiro”, opinou, passando confiança ao dono da meta são-paulina enquanto Rogério Ceni se recupera de cirurgia no ombro direito – deve voltar a jogar só no fim de julho.

Como alento, o treinador classificou o equívoco de Denis como um “acidente de trabalho”. “O goleiro precisa entender o que é falha e o que é acidente de trabalho. Acidente de trabalho ocorre sempre, em qualquer profissão. Já a falha tem que ser diminuída, o mais rápido possível”, ensinou.
O terceiro gol de Neymar foi o último vacilo decisivo de um goleiro que custou a permanência dos três principais clubes da capital paulista no Estadual. Nas quartas de final, duas falhas de Julio Cesar sentenciaram a derrota do Corinthians por 3 a 2 para o Ponte Preta, enquanto Deola errou nas três vezes em que as redes do Palmeiras foram balançadas na eliminação diante do Guarani.

“A safra de goleiros finalmente está mudando. Os últimos dos moicanos foram o Marcos e o Rogério (Ceni), muitas camisas ficaram vagas. Na ânsia de criar alguém novo, pode se cometer erros, tanto na aprovação como na crítica. E muitas camisas ainda estão vagas”, apontou Leão.

O técnico do São Paulo, porém, nega qualquer relação do que ocorreu com Denis à opção de Corinthians e Palmeiras, que têm agora Julio Cesar e Deola, respectivamente, como reservas. “Infelizmente, (o erro de Denis) foi em um momento desagradável, estávamos maravilhosamente bem no jogo. Mas não precisamos tirar o carretel e buscar fios das outras equipes. Cada um toma sua atitude.”

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