São Paulo - O tempo que parecia conspirar contra Casemiro no ano passado é hoje seu aliado. Do difícil fim de temporada em 2011, quando perdeu espaço e chegou até a ser cogitado como moeda de troca antes de uma possível desvalorização, o camisa 28 curte atualmente o céu de brigadeiro como o 12º jogador do técnico Leão. E o relógio no pulso, como ele mesmo brinca, ‘é para não perder o tempo de bola’ e seguir em alta no Tricolor.

Seja como titular ou opção no banco para o decorrer das partidas, os números confirmam a boa sequência de garoto criado nas categorias de base do Tricolor. Dos vinte jogos do São Paulo no Campeonato Paulista, Casemiro participou de 17 - em dez foi titular e em outros sete entrou durante as partidas. Um tempo suficiente para se consolidar como um dos volantes mais decisivos da competição. Com cinco assistências, ele está atrás apenas do incontestável Marcos Assunção, do Palmeiras, que soma sete. Na última delas, que reforça o índice de acerto de 92% nos passes, Casemiro entrou diante do Bragantino, no sábado, pelas quartas de final do Estadual, e logo deixou Luis Fabiano na cara do gol.



Uma retomada que, segundo o próprio atleta, está diretamente ligada ao técnico Emerson Leão.

“Ele me ajudou muito. Tem uma enorme parcela na minha volta por cima. Ele pegou no meu pé e me corrigiu nos erros. Hoje já nos entendemos pelo olhar. A forma como ele olha para mim já diz muita coisa, já indica o que ele quer que eu faça”, contou Casemiro em um bate-papo ao MARCA BRASIL na manhã desta segunda-feira, no CT da Barra Funda. Uma relação entre mestre e pupilo que extrapola os sentidos e toma conta da memória de Casemiro.

“Quando acontece alguma coisa em campo, logo lembro dele falando, alertando e cobrando. Parece sempre que estou ouvindo o Leão falar na minha orelha”, completou.

Sacrificado com o atual 4-3-3, embora seja a primeira opção no banco de reservas, o camisa 28 admite que está satisfeito em ajudar a equipe entrando no decorrer dos jogos. No entanto, só ficará realizado quando reconquistar o espaço em definitivo entre os 11.

“Ninguém fica feliz na reserva. Ainda mais quando você entra e vê que ajuda a equipe. Mas vou continuar agarrando as oportunidades da melhor maneira possível.”

E com a ausência de Luis Fabiano, Casemiro vive a expectativa de ser titular em um eventual mudança tática do treinador. Com ele em campo ao lado de Denilson, Cícero e Jadson teriam mais liberdade para atacar e municiar Lucas e Fernandinho, os homens de frente.