Abatido, Wellington anda lentamente com as muletas. Não que elas sejam novidades para o garoto. Aos 21 anos, o volante são-paulino lida pela segunda vez com uma lesão que, há duas décadas, decretaria o fim da carreira de um atleta. A nova operação no joelho esquerdo, no momento de maior ascensão de sua precoce carreira, é um duro teste para o mais sorridente jogador do elenco tricolor.
Segundo os médicos que o acompanham, a ficha ainda não caiu. Nas próximas semanas, ele terá de aceitar o fato de que a lesão, a exemplo da primeira vez, não tem culpados: num treino, o passo em falso e o inconfundível estalo no joelho levaram o garoto ao desespero.
Wellington iniciou sua reabilitação
foto: site oficial
Em entrevista ao Estado, Wellington admite que a lesão deu adeus ao sonho de ir aos Jogos de Londres e conta como tem se preparado para a cansativa rotina de exercícios que terá de seguir por até sete meses.
No que a primeira lesão tem ajudado você a lidar com a atual?
A lesão passa devagar. Na primeira, aprendi que tenho de ter a cabeça preparada para não ter uma depressão. Naquela época, quem me ajudou muito foi o Ricardo Oliveira (ex-atacante do clube), que também estava se tratando e já havia passado por diversas lesões. Ele me deu tranquilidade, pois tem dia em que você acorda e não ri, não quer comer e nem quer fazer nada.
Diria que está mais preparado?
Agora é um pouco diferente, já sei como é. Hoje, todos me conhecem, sabem do meu valor e tem sido mais tranquilo para superar por isso. Da outra vez, tinha dúvidas se poderia voltar a jogar, mas hoje tenho a certeza que vou voltar melhor. Então, tenho de preparar a cabeça para o que vem pela frente.
Como explica esta nova lesão?
Foi o lance mais simples do mundo. No coletivo, toquei a bola de primeira, fui sair para receber e senti o estalo. Os fisioterapeutas analisaram as imagens e viram que eu tinha colocado todo o peso do corpo no joelho.
O que passou na sua cabeça?
É difícil falar, são muitas coisas. Uma delas é saber que eu estava no meu melhor momento, que tinha dado a volta por cima depois de ter feito uma cirurgia complicada e estava bem. Saber que não vou poder jogar de novo por um bom tempo, depois de tudo o que passou. Aquele momento, sem dúvida, foi o mais difícil.
Teve exata noção da gravidade?
Na hora eu já sabia. Jogador sente, sabe quando é sério. Como foi no joelho que já tinha operado, senti o estalo e a dor forte, entrei em desespero e comecei a chorar pela dor e por tudo o que mencionei antes.
Como serão os próximos meses?
Tenho que me readaptar, todo movimento é novo. Você volta a ser criança, tem de reaprender a dar o primeiro passo. Mas tenho que ir devagar, sem pressa. Só quem já teve uma lesão séria como a minha sabe pelo que a pessoa passa. Estou me preparando, mas a alegria vai voltar. Sou um cara feliz e tenho muitas pessoas torcendo por mim. Mas a alegria vai voltar, só quando eu jogar.
O que te preocupa mais?
Na hora é meio complicado de aceitar, mas agora estou totalmente focado na recuperação, Vai ser doloroso, mas eu sei que vou voltar. Ninguém sabe o que a gente passa, até para pôr uma cueca eu preciso de ajuda. Para quem gosta de ser independente, isso é muito ruim. Mas não vou me abater, sei que preciso de ajuda e vou deixar as pessoas me ajudarem.
Sonhava em defender a seleção nos Jogos de Londres?
Com certeza era um objetivo, um sonho a alcançar. Queria estar neste grupo para fazer história. Mas agora não penso em seleção, penso apenas na minha lesão. Vou trabalhar o dia a dia para depois voltar a pensar em títulos e seleção. Não adianta olhar o que passou, tenho de olhar para a frente. E, para mim, o dia a dia será no Reffis, trabalhando dois períodos.
Como foram os dias seguintes à operação (no último dia 23)?
O tratamento começou logo após a cirurgia. Operei, fui para o quarto, e quando passou a anestesia já estava tratando. Saí do hospital na sexta e na segunda estava no Reffis. Com exercícios que na outra lesão nem pensava em fazer, está surpreendendo a mim e a todos. Da outra vez, sentia tanta dor que só consegui fazer exercícios duas ou três semanas depois da cirurgia.
Como será sua rotina no Reffis?
Começo às 9h e vou embora as 17h. É o mesmo trabalho repetitivo e a cada semana aumenta um pouco o trabalho. Não vejo a hora de voltar a poder pisar no chão, começar a dirigir e ser independente de novo. Mas vai passar, este é mais um obstáculo que eu vou superar.
Segundo os médicos que o acompanham, a ficha ainda não caiu. Nas próximas semanas, ele terá de aceitar o fato de que a lesão, a exemplo da primeira vez, não tem culpados: num treino, o passo em falso e o inconfundível estalo no joelho levaram o garoto ao desespero.
Wellington iniciou sua reabilitação
foto: site oficial
Em entrevista ao Estado, Wellington admite que a lesão deu adeus ao sonho de ir aos Jogos de Londres e conta como tem se preparado para a cansativa rotina de exercícios que terá de seguir por até sete meses.
No que a primeira lesão tem ajudado você a lidar com a atual?
A lesão passa devagar. Na primeira, aprendi que tenho de ter a cabeça preparada para não ter uma depressão. Naquela época, quem me ajudou muito foi o Ricardo Oliveira (ex-atacante do clube), que também estava se tratando e já havia passado por diversas lesões. Ele me deu tranquilidade, pois tem dia em que você acorda e não ri, não quer comer e nem quer fazer nada.
Diria que está mais preparado?
Agora é um pouco diferente, já sei como é. Hoje, todos me conhecem, sabem do meu valor e tem sido mais tranquilo para superar por isso. Da outra vez, tinha dúvidas se poderia voltar a jogar, mas hoje tenho a certeza que vou voltar melhor. Então, tenho de preparar a cabeça para o que vem pela frente.
Como explica esta nova lesão?
Foi o lance mais simples do mundo. No coletivo, toquei a bola de primeira, fui sair para receber e senti o estalo. Os fisioterapeutas analisaram as imagens e viram que eu tinha colocado todo o peso do corpo no joelho.
O que passou na sua cabeça?
É difícil falar, são muitas coisas. Uma delas é saber que eu estava no meu melhor momento, que tinha dado a volta por cima depois de ter feito uma cirurgia complicada e estava bem. Saber que não vou poder jogar de novo por um bom tempo, depois de tudo o que passou. Aquele momento, sem dúvida, foi o mais difícil.
Teve exata noção da gravidade?
Na hora eu já sabia. Jogador sente, sabe quando é sério. Como foi no joelho que já tinha operado, senti o estalo e a dor forte, entrei em desespero e comecei a chorar pela dor e por tudo o que mencionei antes.
Como serão os próximos meses?
Tenho que me readaptar, todo movimento é novo. Você volta a ser criança, tem de reaprender a dar o primeiro passo. Mas tenho que ir devagar, sem pressa. Só quem já teve uma lesão séria como a minha sabe pelo que a pessoa passa. Estou me preparando, mas a alegria vai voltar. Sou um cara feliz e tenho muitas pessoas torcendo por mim. Mas a alegria vai voltar, só quando eu jogar.
O que te preocupa mais?
Na hora é meio complicado de aceitar, mas agora estou totalmente focado na recuperação, Vai ser doloroso, mas eu sei que vou voltar. Ninguém sabe o que a gente passa, até para pôr uma cueca eu preciso de ajuda. Para quem gosta de ser independente, isso é muito ruim. Mas não vou me abater, sei que preciso de ajuda e vou deixar as pessoas me ajudarem.
Sonhava em defender a seleção nos Jogos de Londres?
Com certeza era um objetivo, um sonho a alcançar. Queria estar neste grupo para fazer história. Mas agora não penso em seleção, penso apenas na minha lesão. Vou trabalhar o dia a dia para depois voltar a pensar em títulos e seleção. Não adianta olhar o que passou, tenho de olhar para a frente. E, para mim, o dia a dia será no Reffis, trabalhando dois períodos.
Como foram os dias seguintes à operação (no último dia 23)?
O tratamento começou logo após a cirurgia. Operei, fui para o quarto, e quando passou a anestesia já estava tratando. Saí do hospital na sexta e na segunda estava no Reffis. Com exercícios que na outra lesão nem pensava em fazer, está surpreendendo a mim e a todos. Da outra vez, sentia tanta dor que só consegui fazer exercícios duas ou três semanas depois da cirurgia.
Como será sua rotina no Reffis?
Começo às 9h e vou embora as 17h. É o mesmo trabalho repetitivo e a cada semana aumenta um pouco o trabalho. Não vejo a hora de voltar a poder pisar no chão, começar a dirigir e ser independente de novo. Mas vai passar, este é mais um obstáculo que eu vou superar.
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