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Ricardo Teixeira arma terreno para saída da CBF

Cartola deverá chegar hoje ao Brasil para mudar estatuto da CBF e, quem sabe, sair da entidade

Ricardo Teixeira poderá anunciar em breve sua saída da CBF (Foto: Nacho Doce/Reuters)


O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, deverá desembarcar neste domingo no Brasil para, na Assembleia Geral Extraordinária da entidade, quarta-feira, preparar terreno para uma possível saída.

Na segunda, Teixeira deverá enviar aos presidentes de federação a pauta detalhada da reunião. Na assembleia, o cartola mudará o estatuto da entidade para assegurar a posse do vice mais velho, José Maria Marin, caso renuncie ao cargo. O ato lhe permitiria encaminhar seu desligamento da entidade.

Teixeira tinha tudo certo para renunciar no último dia 16 ou 17, quando percebeu movimento de federações para impedir a posse de Marin. Os rebeldes se baseavam em artigo do estatuto da CBF que permite à assembleia reinterpretar o texto em casos de divergência.

A polêmica já estava decidida: a extensão de mandato conferida a Teixeira até depois do Mundial de 2014 valeria só para ele, não para seus vice-presidentes.

Os rebeldes, inicialmente sete, pretendiam ter maioria até quarta-feira para forçarem a interpretação que obrigaria a realização de novas eleições. Rubens Lopes, da Ferj, seria o candidato e, com Teixeira fora da jogada, conseguiria se reeleger.
Teixeira, então, puxou o freio de mão. Seguiu no cargo por mais algumas semanas para estancar a manobra e entregar o cargo a Marin.

A posse do seu vice mais idoso é, para Teixeira, menos um ato de respeito ao estatuto, e mais o fruto de um acordo com o presidente de federação que lhe é mais próximo hoje, o paulista Marco Polo Del Nero.

Não à toa, Del Nero foi ao Rio conversar com ele há cerca de uma semana. Acertaram os últimos detalhes da passagem do poder e dos compromissos que o próximo presidente teria de honrar.

Dirigentes de clubes disseram que Teixeira planejava entregar o cargo a Del Nero, mas não o fará porque o estatuto não permite. Francisco Müssnich, que escreve a proposta de alteração estatutária, não deverá incluir a mudança.

Sanchez pode perder espaço
A correligionários, José Maria Marin tem dito que honrará os compromissos com Teixeira. Mas não o fará com todas as pessoas que estão na CBF. Um dos seus alvos poderá ser o corintiano Andrés Sanchez, atual diretor de seleções.

Segundo a coluna De Prima apurou, o ex-presidente do Corinthians não seria demitido logo, mas terá seu espaço cortado paulatinamente, até que se sinta tão desconfortável que queira sair.

Sua intenção de levar o amigo André Luis de Oliveira para dirigir as categorias inferiores da Seleção pode nem se concretizar. Oliveira trabalhou com Sanchez na base do Corinthians e foi diretor administrativo na sua gestão.

Marin só desistirá da ideia caso Del Nero peça que não o faça. Até recentemente, o presidente da FPF e Sanchez tinham boas relações.

A posse de Marin também deve significar a reaproximação de São Paulo e CBF. O vice foi jogador e é conselheiro do Tricolor, além de ter boas relações com presidente tricolor, Juvenal Juvêncio.

Na sexta-feira, inclusive, a CBF liberou o meia são-paulino Lucas para se apresentar à Seleção após o clássico deste domingo contra o Palmeiras. Em nota, a entidade ressaltou que pedido foi feito por Del Nero.

QUESTÃO ESTATUTÁRIA

O artigo
Em assembleia no dia 18 de abril de 2006, foi aprovada mudança estatutária que permite prorrogar até 2015 “o mandato do presidente, dos cinco vice-presidentes e dos membros do Conselho Fiscal” da CBF e das federações filiadas.

A brecha
No entanto, o artigo 22 do estatuto permite à assembleia interpretar o texto “em última instância e preencher no respectivo texto as omissões ou lacunas que por outra forma não forem sanadas”. Os rebeldes precisariam de 14 das 27 federações para tal.

A proposta
Na reunião de quarta-feira, Teixeira tentaria, então, alterar o estatuto para assegurar que o texto atual – ou seja, a transferência de poder para José Maria Marin. A proposta de mudança, que deverá ser revelada amanhã aos presidentes de federação, precisa de apoio de dois terços dos presentes para ser aprovada.



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