A expulsão de Carlinhos Paraíba aos 27 minutos do primeiro tempo aumentou as dificuldades do São Paulo no clássico contra o badalado Santos, na Vila Belmiro. Afinal, foram mais de 60 minutos com um atleta a menos em campo. Na base da garra, o Tricolor conseguiu segurar a igualdade por 1 a 1, mas o técnico Adilson Batista não escondeu a frustração com os contra-ataques desperdiçados pelo time.
No segundo tempo, quando o São Paulo ainda vencia por 1 a 0 em função de um golaço marcado por Lucas, Wellington e Dagoberto desperdiçaram oportunidades incríveis na frente do goleiro Rafael, que provavelmente poderiam dar um banho de água fria no rival. "Eu sempre penso na vitória, a gente lamenta os gols perdidos no contra-ataque, mas houve mérito do Rafael", explicou Adilson Batista.
O São Paulo suportou a pressão santista até aos 35 minutos da etapa complementar. Só não conseguiu barrar o chute de Paulo Henrique Ganso da entrada da área: a bola entrou no ângulo direito de Rogério Ceni.
"Às vezes, falta perna, você precisa correr mais, precisa se desdobrar em campo. Não dá para reclamar", minimizou Adilson Batista. "Já esperávamos esse volume do Santos no segundo tempo. Fizemos uma boa marcação, rodamos bem", completou.
Com o resultado, o São Paulo encerrou o primeiro turno do Campeonato Brasileiro em terceiro lugar, com 35 pontos, um atrás do Flamengo e dois em relação ao líder Corinthians. O resultado só não foi melhor pelo número excessivo de empates - são quatro seguidos pelo torneio nacional.
"Prefiro pensar que completamos seis jogos sem perder (na verdade, são cinco - quatro empates e uma vitória), quero sempre pensar pelo lado positivo. Lamentamos os pontos perdidos, mas está muito equilibrado", afirmou Adilson Batista.

Sergio Barzaghi/Gazeta Press

Adilson Batista acumula o quarto empate seguido no comando do São Paulo pelo Campeonato Brasileiro