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Após renunciar Atlético-PR, Henrique teve promessa de jogar no R.Madrid

Artilheiro e melhor jogador do Mundial sub-20 vencido recentemente pela seleção brasileira, o atacante Henrique tem uma história rica em categorias de base, chamando, inclusive, a atenção de personalidades internacionais. Ao brilhar com a camisa do São Paulo na conquista do Mundial de Clubes juvenil de 2008, ele ouviu uma promessa curiosa de um dos organizadores da competição, Manuel Sanchis, nome histórico do Real Madrid como jogador e com ligação nos bastidores do futebol europeu.

"Eu me recordo que o Henrique foi chuteira de ouro nesse torneio na Espanha e o troféu foi entregue pelo Manuel Sanchis, que avisou: o dia que fosse presidente do Real, ele iria vir ao Brasil para contratá-lo junto ao São Paulo. É para ver que lá atrás o pessoal já percebia a competência do jogador", revela José Geraldo de Oliveira, gerente do departamento de futebol de base do Tricolor.

Mas antes de chegar ao São Paulo, Henrique também foi alvo de um questionamento, quando defendeu o Atlético-PR na categoria infantil e já vinha apresentando suas qualidades. A reportagem conversou com pessoas ligadas ao departamento de base da agremiação de Curitiba que alegam que o atleta, pouco antes de aparecer no Morumbi, notificou uma doença da mãe, pediu um período de licença e nunca mais voltou à capital paranaense. Como não havia contrato firmado, o Furacão não pôde fazer nada. No Tricolor, José Geraldo de Oliveira pondera que foi procurado pela mãe do atacante para abrir as portas do CT de Cotia.

"Um belo dia, uma senhora ligou para mim e quis saber como o filho que jogava no Atlético-PR poderia fazer um teste, pois a família (de Brasília) entendia que estavam muito distantes. Eu perguntei o ano de nascimento, ela disse 1991. Eu falei: qual o nome dele? Ela respondeu: Henrique. Eu questionei se era o Henrique Caixeta. Ela disse sim e perguntou se eu o conhecia. Falei que não conhecia pessoalmente, mas sabia as informações e avisei que não precisaria fazer teste. Eu já tinha o relatório e avisei que ela precisava ter a liberação dele no Atlético-PR, mas que nunca deveria fechar as portas lá. Com todas as providências, avisei que poderíamos marcar um dia para trazê-lo. E, na verdade, ele já ficaria admitido", relata o gerente da base tricolor.

No São Paulo desde 2005, Henrique sempre carregou a fama de artilheiro. Ele chegou ao clube do Morumbi com 15 anos e logo foi incorporado ao grupo de atletas sub-17. E o menino de Brasília não se intimidou com a missão junto aos mais velhos. "Ele é de uma família estruturada, uma família muito boa, um menino com comportamento adequado, sabia se colocar na dele. Na primeira semana, não se mostrou tímido, fez boas amizades com os outros. O grupo que ele ingressou tinha uma excelente relação", recorda José Geraldo de Oliveira.

Henrique fez parte de uma geração que traz orgulho aos dirigentes são-paulinos. Ele cresceu no badalado Centro de Treinamento de Cotia ao lado de nomes como Lucas, Wellington, Zé Vitor, Bruno Uvini, Casemiro, todos integrantes do grupo profissional do Tricolor, além de Oscar, seu companheiro de seleção sub-20 que deixou o clube através da Justiça e atualmente defende as cores do Internacional.

"Alguns meninos têm talento para o futebol. Claro que as coisas são aprimoradas, no caso do Henrique foi trabalhado muito a questão do posicionamento. Mas ele teve uma evolução muito boa, tanto que renovamos com ele três vezes. Algumas pessoas questionam quando o clube faz um contrato de cinco anos com um menino, mas os relatórios vindos da comissão técnica indicavam a evolução", justifica José Geraldo de Oliveira. "O faro de gol do Henrique chama a atenção de qualquer um. As pessoas não imaginam. Dentro da área, ele tem o gol na mente, na base sempre foi talentoso demais na posição", emenda.

Depois do auge na categoria sub-20, Henrique tem a missão de alcançar a afirmação entre os profissionais. No São Paulo, ainda não conseguiu apresentar os mesmos números da base, tanto que chegou a ser emprestado ao Vitória no Brasileirão do ano passado. A propósito, o atacante deixa saudades em Salvador após ter marcado quatro gols no torneio nacional de 2010.

"Ele veio para cá porque sabia que não teria chances no São Paulo. É um excelente garoto, só tenho que dar os parabéns, merece sucesso, não tivemos nenhum problema, sempre foi um menino alegre, prestativo, disposto a ajudar o grupo. Só não tentamos uma renovação porque tivemos o rebaixamento, problemas de verba, acho que foi um erro da nossa parte não insistir na sua permanência. Aliás, acho que deveria ter sido titular durante todo o Campeonato Brasileiro do ano passado, mas alguns treinadores não achavam isso", lastima o presidente do Vitória, Alexi Portela.

Agora, de volta ao São Paulo, Henrique finalizou os detalhes de um novo contrato - com um aumento substancial de salário e uma multa de R$ 50 milhões para o mercado externo - e clama por uma sequência para mostrar o seu futebol. Mas o próprio José Geraldo de Oliveira, que trabalha no Tricolor paulista desde 1981, alerta para as futuras dificuldades do jovem que retorna aos treinos nesta quinta-feira após uma breve folga. "O detalhe é que sempre há muita concorrência no São Paulo. É um clube que exige times fortes. Os jogadores da posição dele também são altamente competentes. Ele vai ter de lutar para ocupar o espaço. Se teve calma até aqui, pode ter um pouco mais de paciência. Qualidade técnica ele possui", finaliza o representante são-paulino.



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