Quando a diretoria do São Paulo anunciou que Adilson Batista era o escolhido para substituir Paulo César Carpegiani, a torcida tricolor demonstrou desconfiança. Nas redes sociais, a dúvida tomava conta dos são-paulinos, principalmente pelo fato do treinador ter trabalhado sem sucesso em três clubes da Série A do Campeonato Brasileiro em apenas 11 meses: Corinthians, Santos e Atlético-PR.
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Por isso, o novo comandante tricolor sabe que sua situação só vai melhorar com uma sequência de vitórias e a consequente perseguição ao líder Corinthians, que hoje tem sete pontos de vantagem na tabela de classificação (28 a 21). Em sua última entrevista coletiva, ele até brincou quando questionado se poderia repetir no Morumbi o que fez no dia 28 de outubro de 2009, quando deu uma voadora em uma placa de publicidade para comemorar uma vitória do seu Cruzeiro contra o Santo André por 3 a 2.
- Não quero conquistar o torcedor por causa disso (risos). Ali foi uma situação e já passou. A gente podia até fazer uma enquete para ver o que o torcedor acha (sobre dar nova voadora), mas não sei se o meu joelho aguenta. Não quero prometer nada. Espero ganhar a simpatia do torcedor com o time conseguindo vitórias e envolvendo o adversário – ressaltou o treinador.
Ele sabe que a torcida do São Paulo é exigente porque se acostumou a ganhar títulos, o que não acontece desde 2008.
- Sempre tive um grande respeito pelo clube e por seus torcedores. Já os enfrentei várias vezes e sei que, quando preciso, eles empurram muito. Se fizermos grandes jogos, eles sairão satisfeitos.
Adilson inicia hoje sua caminhada no São Paulo com uma certeza: apesar da vantagem na tabela, o Corinthians não pode ser declarado favorito ao título.
- O campeonato é muito equilibrado, temos experiências no passado de equipes que estiveram na frente e perderam. Temos que no mínimo manter e até aumentar o nosso aproveitamento (hoje é de 70%). E é preciso ter um elenco qualificado, principalmente porque em agosto e setembro teremos dois jogos por semana e precisamos de um grupo qualificado para suportar a maratona... Mas não tem nada definido ainda – lembrou.
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