Arena do Jacaré receberá jogos do Atlético-MG, América e Cruzeiro (Foto: Divulgação)
Arena do Jacaré (Foto: Divulgação) Arena do Jacaré receberá jogos do Atlético-MG, América e Cruzeiro (Foto: Divulgação)
Luiz Mendroni e Mauricio Oliveira
Publicada em 20/05/2011 às 11:21
São Paulo (SP)
Por causa de punições do STJD, por opção ou, principalmente, por causa de obras nos principais estádios do país, pequenas cidades do interior serão invadidas neste Campeonato Brasileiro por grandes clubes da Elite, mesmo que elas não tenham times na Série A.
Só nas três primeiras rodadas, são os casos de Araraquara e São José do Rio Preto, no Estado de São Paulo; Macaé, no Rio; e Sete Lagoas e Varginha, em Minas Gerais.
O jogo de estreia do Palmeiras, no domingo, contra o Botafogo, por exemplo, acontecerá no Estádio Benedito Teixeira porque o Verdão foi punido pelo STJD por incidentes causados por sua torcida na derrota para o Fluminense, na reta final do Nacional do ano passado.
– A ideia era mandar o jogo em Brasília, que tem grande número de palmeirenses e que não não terá jogos da Primeira Divisão, mas a FPF solicitou ao clube que a partida fosse no Estado de São Paulo – afirma Bruno Balsimelli, presidente da BWA.
A empresa, que comprou a partida, paga um valor fixo ao Palmeiras e assume gastos do clube com hospedagem e transporte e com as taxas.
Também na primeira rodada, já amanhã, o Flamengo recebe o Avaí, no Estádio Cláudio Moacyr de Azevedo, em Macaé, a cerca de 190km da capital. O Rubro-Negro fez seis jogos na cidade no Estadual deste ano. A presença do Fla de Ronaldinho Gaúcho fez a prefeitura promover mais uma reforma no estádio. A licitação acontecerá no próximo dia 30 e o Moacyrzão terá a capacidade aumentada de 10 mil para 21 mil pessoas – conclusão no fim de outubro.
O futebol da Série A atrai investimento privado para a cidade, movimenta o comércio e a rede hoteleira e abastece os cofres públicos. Em contrapartida, diminui a vantagem dos clubes mandantes – casos, por enquanto, de Palmeiras, Fla, Corinthians, Atlético, Cruzeiro e América, que jogarão longe da capital.
Saída da capital diminui poder dos grandes clubes
Se por um lado grandes clubes como Palmeiras e Cruzeiro expandem sua marca para o interior do país, por outro perdem parte do poder como mandante. Porque não estão acostumados aos novos campos e estádios ou porque têm de se deslocar para o interior ou porque ficam distantes da torcida da capital, que exerce maior influência sobre o time.
– Os proprietários viraram inquilinos e isso acarretará prejuízo técnico, além do financeiro. Porque o Flamengo e o Fluminense, por exemplo, não são donos do Maracanã, mas não são tão fortes sem ele. Jogar contra o Cruzeiro ou o Atlético no Mineirão é diferente de enfrentá-los em Sete Lagoas – diz o gerente administrativo do Palmeiras, Sérgio do Prado.
O Verdão jogará a maior parte de seus jogos no Pacaembu, já que o Palestra Itália está em reforma.
Para as prefeituras das cidades escolhidas, os grandes clubes impulsionam a economia e o turismo locais. E a torcida pode, sim, fazer parte da arrancada para o título.
– Esse jogo do Corinthians aqui (contra o Coritiba) é muito importante para divulgar a cidade e o estádio, que é moderno e coberto. A região tem muitos corintianos e palmeirenses e seria ótimo se os clubes da capital viessem mais vezes. Vamos tentar trazer mais jogos para cá – diz o secretário de Esportes e Lazer de Araraquara, Jair Martineli.
Barueri também se candidata
No ano passado, as cidades de Barueri, Presidente Prudente, Campinas e Volta Redonda também receberam jogos do Brasileirão. Prudente, a 560km da capital São Paulo, tinha o Grêmio, que foi rebaixado para a Série B com algumas rodadas antes do término do campeonato – após novo rebaixamento no Paulistão, o time voltou a ter Barueri, cidade de fundação, como sede.
As demais cidades receberam jogos de clubes de fora.
Neste ano, a Arena Barueri foi utilizada por São Paulo e Palmeiras no Paulistão. O Sampa deve mandar pelo menos um jogo lá, em 12 de outubro, contra o Inter, porque o Morumbi terá show do cantor britânico Eric Clapton.
Arena do Jacaré (Foto: Divulgação) Arena do Jacaré receberá jogos do Atlético-MG, América e Cruzeiro (Foto: Divulgação)
Luiz Mendroni e Mauricio Oliveira
Publicada em 20/05/2011 às 11:21
São Paulo (SP)
Por causa de punições do STJD, por opção ou, principalmente, por causa de obras nos principais estádios do país, pequenas cidades do interior serão invadidas neste Campeonato Brasileiro por grandes clubes da Elite, mesmo que elas não tenham times na Série A.
Só nas três primeiras rodadas, são os casos de Araraquara e São José do Rio Preto, no Estado de São Paulo; Macaé, no Rio; e Sete Lagoas e Varginha, em Minas Gerais.
O jogo de estreia do Palmeiras, no domingo, contra o Botafogo, por exemplo, acontecerá no Estádio Benedito Teixeira porque o Verdão foi punido pelo STJD por incidentes causados por sua torcida na derrota para o Fluminense, na reta final do Nacional do ano passado.
– A ideia era mandar o jogo em Brasília, que tem grande número de palmeirenses e que não não terá jogos da Primeira Divisão, mas a FPF solicitou ao clube que a partida fosse no Estado de São Paulo – afirma Bruno Balsimelli, presidente da BWA.
A empresa, que comprou a partida, paga um valor fixo ao Palmeiras e assume gastos do clube com hospedagem e transporte e com as taxas.
Também na primeira rodada, já amanhã, o Flamengo recebe o Avaí, no Estádio Cláudio Moacyr de Azevedo, em Macaé, a cerca de 190km da capital. O Rubro-Negro fez seis jogos na cidade no Estadual deste ano. A presença do Fla de Ronaldinho Gaúcho fez a prefeitura promover mais uma reforma no estádio. A licitação acontecerá no próximo dia 30 e o Moacyrzão terá a capacidade aumentada de 10 mil para 21 mil pessoas – conclusão no fim de outubro.
O futebol da Série A atrai investimento privado para a cidade, movimenta o comércio e a rede hoteleira e abastece os cofres públicos. Em contrapartida, diminui a vantagem dos clubes mandantes – casos, por enquanto, de Palmeiras, Fla, Corinthians, Atlético, Cruzeiro e América, que jogarão longe da capital.
Saída da capital diminui poder dos grandes clubes
Se por um lado grandes clubes como Palmeiras e Cruzeiro expandem sua marca para o interior do país, por outro perdem parte do poder como mandante. Porque não estão acostumados aos novos campos e estádios ou porque têm de se deslocar para o interior ou porque ficam distantes da torcida da capital, que exerce maior influência sobre o time.
– Os proprietários viraram inquilinos e isso acarretará prejuízo técnico, além do financeiro. Porque o Flamengo e o Fluminense, por exemplo, não são donos do Maracanã, mas não são tão fortes sem ele. Jogar contra o Cruzeiro ou o Atlético no Mineirão é diferente de enfrentá-los em Sete Lagoas – diz o gerente administrativo do Palmeiras, Sérgio do Prado.
O Verdão jogará a maior parte de seus jogos no Pacaembu, já que o Palestra Itália está em reforma.
Para as prefeituras das cidades escolhidas, os grandes clubes impulsionam a economia e o turismo locais. E a torcida pode, sim, fazer parte da arrancada para o título.
– Esse jogo do Corinthians aqui (contra o Coritiba) é muito importante para divulgar a cidade e o estádio, que é moderno e coberto. A região tem muitos corintianos e palmeirenses e seria ótimo se os clubes da capital viessem mais vezes. Vamos tentar trazer mais jogos para cá – diz o secretário de Esportes e Lazer de Araraquara, Jair Martineli.
Barueri também se candidata
No ano passado, as cidades de Barueri, Presidente Prudente, Campinas e Volta Redonda também receberam jogos do Brasileirão. Prudente, a 560km da capital São Paulo, tinha o Grêmio, que foi rebaixado para a Série B com algumas rodadas antes do término do campeonato – após novo rebaixamento no Paulistão, o time voltou a ter Barueri, cidade de fundação, como sede.
As demais cidades receberam jogos de clubes de fora.
Neste ano, a Arena Barueri foi utilizada por São Paulo e Palmeiras no Paulistão. O Sampa deve mandar pelo menos um jogo lá, em 12 de outubro, contra o Inter, porque o Morumbi terá show do cantor britânico Eric Clapton.
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