Apesar de ter apenas 18 anos e ainda não ter completado uma temporada inteira como profissional, o meia Lucas já sentiu os dois lados da fama no São Paulo. Revelado na Copa São Paulo de 2010, o jogador foi levado ao time de cima por Sérgio Baresi e, de promessa, virou realidade nas mãos de Paulo César Carpegiani. Com o sucesso em campo, renovou o seu contrato, ganhar aumento salarial e se tornar o jogador com a segunda multa mais cara do futebol brasileiro, de € 80 milhões (R$ 175 milhões).

Agora, o camisa 7 convive com as críticas da torcida, que o xingou muito após a derrota para o Avaí por 3 a 1, em Florianópolis, resultado que causou a eliminação da equipe na Copa do Brasil. Ele foi, inclusive, chamado de "novo Kaká" porque sumiu de campo em Florianópolis no momento em que o time mais precisava dele. O atual camisa 8 do Real Madrid sofreu muito pelo mesmo motivo quando defendeu o Tricolor.



Lucas disputa lance com Luiz Eduardo em treinamento no CT da Barra Funda (Foto: Luiz Pires/VIPCOMM)

Lucas reconhece que ficou assustado com o protesto da torcida, realizado na última segunda-feira na porta do CT da Barra Funda, mas diz que os últimos acontecimentos estão sendo muito importantes para o seu amadurecimento.

- É claro que o protesto assustou, principalmente depois que ficamos sabendo o que aconteceu no carro do Jean. O torcedor tem todo o direito de protestar, mas a partir do momento em que coloca a integridade física do jogador, passa do limite. É até estranho eu falar isso. Mas, para a minha vida e para a minha carreira, esse período de crise está sendo fundamental, serve para ganhar experiência e amadurecer. Quem nunca perdeu não sabe o verdadeiro sabor da derrota – afirmou o garoto, que concedeu entrevista coletiva nesta quarta-feira.

O meia diz que o time tem todas as chances de reverter a difícil situação que se encontra no Campeonato Brasileiro, que começará no próximo final de semana.

- Quando perdemos do Santos, na semifinal do Campeonato Paulista, começaram a falar que não éramos mais o mesmo time. Depois, quando veio a derrota para o Avaí, as críticas aumentaram. Agora, é começar do zero no Campeonato Brasileiro. Temos um grupo forte e que tem todas as condições de brigar pelo título – ressaltou.