A troca do atacante Zé Eduardo pelo zagueiro Bruno Aguiar criou um herói para o San-São deste sábado: Paulo Henrique Ganso. O meia do Peixe virou atacante e teve uma chance que Paulo César Carpegiani lamentou. O camisa 10 venceu uma dividida na área com Alex Silva e, em vez de bater, cruzou para Elano fazer 1 a 0.
"Tivemos uma bola prensada e ela sobrou para o Ganso Aí foi a pequena grande diferença do jogo", lamentou o técnico do São Paulo. "Qualquer outro bateria de direita, de bico, ou teria um chute de esquerda prensado. Mas ele teve a genialidade e a tranquilidade para colocar a bola na cabeça do Elano. O melhor do Brasil, até então bem marcado, desequilibrou."
Perseguido principalmente por Casemiro, e muitas vezes encarando uma marcação dupla com a chegada de Carlinhos Paraíba, Ganso não encontrou espaço antes do intervalo. Mas, como um falso camisa 9, teve a bola nos pés como gosta e, com um passe e o gol da vitória por 2 a 0, foi decisivo.
"O Santos estava sem confiança e limitado no primeiro tempo. Mas o gol lhes deu serenidade, e o Santos é um time que não pode ter confiança. Começou a administrar um toque de bola e mostrou o potencial da grande equipe que tem. Foi fatal", explicou Carpegiani.
Na avaliação do comandante do clube do Morumbi, o camisa 10 fez até com que Neymar se destacasse. "Com o Santos mais tranquilo, começou a aparecer o jogador que pode desequilibrar: o Neymar. Altamente técnico, inteligente, ganhou motivação e começou a ter liberdade. Com aquele corpo franzino, ficou imparável", comentou.
Para piorar, no segundo gol, um passe errado de Jean parou nos pés de Ganso, que lançou Neymar e foi à frente para balançar as redes. "Por um erro nosso, levamos um contra-ataque. E não se pode errar contra o Santos", insistiu Carpegiani. "Não dá para tirar o mérito do adversário. Foi uma vitória justa e merecida do Santos", concluiu.