A função de lateral direito foi a que Ilsinho menos exerceu no São Paulo de Paulo César Carpegiani em 2011.

Sua posição de origem é ocupada pelo volante Jean.

No duelo contra a Portuguesa, no domingo passado, por exemplo, Ilsinho assumiu o papel de armador. Posto que deveria ser de Lucas, que, contundido, não atuou.

Fez um gol e deu o passe para outro, de Dagoberto.

Contra o Santa Cruz, no início de abril, entrou no segundo tempo e jogou como ala direito, avançando até a área rival. Foi assim que marcou o segundo gol são-paulino na vitória por 2 a 0.

"Sou até goleiro se precisar", afirmou Ilsinho. "Mas prefiro atuar mais avançado", revelou, dando a entender que seus dias de lateral direito estão perto do fim.

Foi nessa posição que ele trocou o Palmeiras pelo São Paulo, em uma transferência polêmica, em 2006. Até a página do clube na internet tem Ilsinho como um dos laterais.

Carpegiani já declarou que prefere Ilsinho como um ala, auxiliando muito mais os atacantes do que combatendo no setor defensivo.

O treinador o tem na conta dos jogadores versáteis.

Com essa qualidade, colocou o campeão mundial Rivaldo no banco de reservas.

A sequência de partidas dá a Ilsinho mais entrosamento em campo, mas o distancia da família. Ele confessa que a rotina de treinos, jogos e concentrações tem sido difícil.

"Depois dos jogos da noite, eu chego em casa, minha mulher e minha família estão dormindo, não consigo aproveitar a convivência delas."

"Na concentração, também é um problema porque você quase enlouquece, fica ligando para a mãe três vezes no dia, para a mulher", contou Ilsinho, que jogou por três temporadas no Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, de 2007 a 2010.