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Psicologia ajuda São Paulo nas semifinais do Paulista

Desde o ano passado, grupo tricolor conta com auxílio do psiquiatra Franklin Ribeiro e da psicóloga Anahy Couto


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Campo, musculação, piscina, sala de preleção, divã... A rotina dos jogadores de futebol do São Paulo tem algumas novidades. Divã??? O trabalho mental e emocional é um trunfo para eliminar o Santos e avançar à final do Paulistão-2011.

Desde o ano passado, o psiquiatra Franklin Ribeiro e a psicóloga Anahy Couto ajudam a melhorar a performance do grupo por meio da atividade psicológica. O clube, que não tinha um especialista até 2009, é o primeiro no país a unir os conhecimentos dessas áreas no futebol.

São-paulino desde bebê, Franklin dedica horas semanais a resolver problemas dos jogadores e até de seus parentes. E na véspera da decisão de uma vaga na final, assegura o time mentalmente pronto.

– Totalmente preparado. Consciente da força técnica e tática do Santos, mas não existe a palavra “medo” no vocabulário do grupo, que é motivado para vencer, sabe de sua identidade e está aperfeiçoando sua coesão – analisou o psiquiatra.

Franklin revela que no início era alvo de chacota dos atletas, graças ao preconceito de que psiquiatra só trata malucos. Bastava ele se aproximar para algum boleiro pedir um remédio ou andar como se fosse louco. As avaliações de pré-temporada foram essenciais para conquistar a confiança. Por mais de quatro horas, vários testes são aplicados. Neles, os atletas revelam seu humor, estado físico, níveis de inserção no grupo e confiança e amizade pelos parceiros, motivação, e os problemas pessoais.

O médico recebe gente próxima aos jogadores e assume a responsabilidade de solucionar questões como depressão e crises conjugais.

– Falo para eles jogarem bola, irem a campo sem preocupações.

Em entrevista ao LANCENET!, Franklin revelou ter disseminado o conceito do treinamento emocional pela comissão técnica. Todos sabem, com argumentos científicos, como lidar com cada um dos atletas do clube. O fisiologista Hamilton Tavares talvez seja o principal “multiplicador”, como gosta de chamar o psiquiatra.

Quase em tempo integral no CT, Tavares é essencial na ascensão de Dagoberto. Ligados pela religião, os dois convivem fora do São Paulo.

– Dagoberto está muito firme na fé e motivado pela gravidez da esposa. Ele tem o temperamento dele e hoje todos respeitam as diferenças. Está confiante – atestou Franklin.

Desfalque neste sábado, o jovem Lucas é o paciente mais atuante. Elétrico, toda semana vai ao consultório, deita-se no divã e entra em transe, participa até de processos de hipnose.

Nas próximas semanas, um divã será comprado pelo São Paulo e colocado no CT da Barra Funda. Psiquiatra e psicóloga terão uma sala e esperam que atletas batam à porta espontaneamente para pedir ajuda.

Mente sã, corpo são.

Bate-Bola

Franklin Ribeiro
Psiquiatra, em entrevista ao LANCE!

‘No Brasileirão, grupo vai atingir a coesão máxima’

Você começou o trabalho em 2010. Qual grupo é melhor? O de 2011 ou o do ano passado?
O deste ano é muito melhor. No ano passado tivemos problemas de várias naturezas. Agora está melhor, mais alegre e integrado.

O que precisa saber sobre o jogador para conseguir traçar um perfil psicológico dele?
Nas entrevistas individuais, observamos sua história de vida, desde que é concebido, passando pela história dos pais, como foi a vida social, escolar, com irmãos, inveja, ódio, ciúme, gratidão...

E esse grupo está num patamar emocional considerado ideal?
Ainda não, esse é um trabalho que leva anos, estamos implementando. Mas próximo do que é a cara de Carpegiani. Naquilo que estudamos, falta pouco nos aspectos de grupo fechado e noção de conjunto. No Brasileirão estará no nível máximo de coesão.

E Carpegiani? Ele se consulta também ou trabalha junto?
Nosso trabalho é diretamente com ele. Toda comissão técnica está presente para conversar sobre o comportamento de cada atleta. Ele tem controle de tudo e respeita nosso trabalho, pergunta se seria bom intervir. Ele tem ética e integridade infalíveis.

Haverá alguma novidade em seu trabalho no São Paulo?
Vamos realizar palestras, uma delas sobre religião e espiritualidade no futebol, promover uma integração sem fanatismo, saber até aonde ajuda ou atrapalha. E integrar a base ao CT da Barra Funda. Premiar os bons alunos, trazê-los para cima, passarem um fim de semana, viajar junto, treinar junto. Isso já foi aprovado.

Com a palavra

Lucas
Meia do São Paulo, ao L!

Saio mais tranquilo do que estava antes

O doutor Franklin é uma pessoa maravilhosa, as conversas com ele duram horas e a gente nem percebe. Vou ao consultório, me deito no divã e ele fala coisas para relaxar.
Faço esse trabalho desde que cheguei à Barra Funda. Ele faz testes com todos os atletas e isso é importante.
Sou muito agitado, não consigo ficar parado, mas lá relaxo a mente. Saio do consultório muito mais tranquilo do que cheguei e isso tem se refletido dentro de campo.

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