A reestreia de Luis Fabiano no jogo de volta contra o Goiás pelas oitavas-de-final da Copa do Brasil, na próxima quarta-feira, já não é mais dada como certa no São Paulo. O atacante fez o primeiro treino com o elenco são-paulino na última quinta-feira e nesta terça-feira participou do coletivo comandado pelo técnico Paulo César Carpegiani jogando no time reserva, mas o treinador ainda não sente confiança total na volta do jogador.

“Ele treinou no time reserva, coloquei para ele ficar mais à vontade e digo a vocês que se fosse amanhã ele não teria condições. Ele ficou parado mais de dois meses. É normal que esteja um pouco parado. Estava assim no treinamento ontem, hoje se soltou um pouco mais e vai ser assim sucessivamente”, disse o treinador.

Diante dessas constatações, Carpegiani prefere deixar com Luis Fabiano a maior parte da responsabilidade para decidir quando terá condição de voltar a jogar. “Quem vai decidir isso é principalmente ele. Se não estiver com uma porcentagem boa de condições ele mesmo vai postergar isso. Por tudo que representa para a torcida do São Paulo e o futebol brasileiro, ele tem de saber escolher o momento de voltar”.

Essa opinião sobre a importância da opinião do próprio jogador é compartilhada pelo médico do São Paulo, José Sanchez: “cada membro da comissão acompanha a sua parte e o quadro clínico foi resolvido, a lesão já cicatrizou. A opinião mais importante a ser ouvida agora é a dele. E a partir dessa resposta, dessa reação ao trabalho, vamos saber quando ele volta”.

A única situação descartada por Carpegiani é que a reestreia seja “forçada” por aspectos extra-campo, como campanhas de marketing utilizando a presença de Luis Fabiano em campo para atrair torcedores ao Morumbi.


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“Não adianta promover isso. Fizemos uma reunião com o pessoal do marketing e eles não colocam nenhuma objeção ao critério técnico, a fazer uma estreia precipitada. Esse cuidado pelo lado estritamente profissional o jogador tem que ter. Está um pouco apertado [o prazo para jogar quarta-feira]. Sinceramente, essa é a minha opinião pessoal”, afirmou o treinador.