Chico ainda busca afirmação no Palmeiras e observa o sucesso do amigo Rhodolfo no São Paulo

O estádio do Morumbi receberá o encontro entre dois amigos no clássico de São Paulo e Palmeiras, no domingo, pelo Campeonato Paulista. Titulares do Atlético-PR no ano passado na surpreendente campanha do Brasileirão, o zagueiro Rhodolfo e o volante Chico despertaram o interesse do futebol paulista e, apesar da relação próxima, seguiram caminhos diferentes.

Os dois dividiam o quarto e confidências na concentração do Furacão e agora sonham com uma oportunidade no duelo, sem deixar a antiga parceria interferir na rivalidade do Choque-Rei. Neste domingo, o São Paulo, de Rhodolfo, pode tirar o Palmeiras, de Chico, da liderança do Estadual.

"Nós nos conhecemos há seis ou sete anos, até concentrávamos no mesmo quarto lá. Mas cada um defende a sua camisa. Vou dar o sangue pelo São Paulo, e tenho certeza de que ele fará o mesmo pelo Palmeiras. Teremos uma disputa sadia em campo, não é bom nem conversar muito nesta semana", sorriu o zagueiro são-paulino, que é nome praticamente certo entre os titulares de Paulo César Carpegiani.

Já o palmeirense Chico deve iniciar a partida no banco de reservas. De qualquer forma, promete alertar os companheiros do ataque alviverde sobre a qualidade técnica do "espigado" amigo de 1m93. "O Rhodolfo é um zagueiro excelente pelo alto e também apresenta velocidade nas jogadas por baixo, apesar de toda a sua altura. Não é fácil ganhar as jogadas dele", analisou.

A mudança de clube não atrapalhou a amizade da dupla. Na chegada à realidade caótica da capital paulista, Rhodolfo recebeu até a ajuda do ex-colega de equipe para encontrar um apartamento para morar. Agora, ambos são praticamente vizinhos na zona oeste da cidade - moram a cerca de 500 metros de distância.

"Converso com ele de vez em quando por telefone. É um amigo particular. Aqui em São Paulo, fui uma vez na casa dele para ver como é. Ele falou também dos apartamentos para alugar, porque chegou antes à cidade", acrescentou Rhodolfo.

Por enquanto, Chico respeita a vontade do amigo em evitar conversas na semana do clássico. Depois, promete procurar o ex-companheiro para uma nova experiência no fascinante leque apresentado nos restaurantes da capital paulista. "Não conseguimos nos encontrar muito nos últimos dias, tivemos viagens pela Copa do Brasil, mas quem sabe ele possa me pagar um jantar. Pode escrever aí, o Rhodolfo é muito pão-duro", brincou o meio-campista, esbanjando descontração.