O São Paulo venceu o Americana, jogando bola só no segundo tempo. Carpegiani armou um time com forte marcação, para atrair o embalado anfitrião Americana e sair na velocidade. Jogou com três volantes e três velocistas. Só funcionaria no contra-ataque.


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Não deu certo. Aos 19, Luis Felipe cruzou, Xandão marcou a bola, Marcinho fez 1×0. Embora a jogada tenha saído pela esquerda, ficou claro que o time precisa de lateral direito. Jean tem quebrado galho, mas sua carreira tem sido prejudicada. É um bom volante. Carpegiani quer Jean na cabeça de área, mas não tem opção.

O elenco é bom, mas não tem lateral direito, meia e centroavante. Assim, fica difícil armar o time.

Depois de sofrer o gol, sem referência no ataque, sem criação, o time levou pressão. Fumagalli quase ampliou. Aos 32, Fernandinho achou o empate na base da individualidade. Botou na frente, ganhou na corrida, chegou na linha de fundo e cruzou. Na falta de um matador, referência, Gercimar fez contra. O São Paulo melhorou, mas acabou tomando o castigo na falha de marcação. Aos 45, Rafael Chorão fez 2×1.

O Americana mereceu virar na frente. O São Paulo foi pouco criativo no primeiro tempo.

Carpegiani foi bem no intervalo. Tirou Xandão que não estava bem, não funciona na lateral, colocou Fernandão de referência, para tocar a bola e cadenciar a correria de Dagogerto, Marlos e Fernandinho. Este trio junto não dá química. São jogadores com as mesmas características, dribladores e rápidos. Vira ataque índio. Jean voltou a quebrar galho na lateral. Era a melhor opção, ou a única. Deu certo.

O São Paulo atropelou no segundo tempo. Aos 3, bobeada da zaga, Dagoberto ganhou na corrida e empatou o jogo. O bandeira Alberto Poleto Masseira foi bem. A bola entrou. Aos 1, Fernandão cruzou e Dagoberto virou. Aos 28, Jean marcou um golaço, de perna esquerda. O quarto gol matou o Americana. Carpegiani sacou o inofensivo Marlos e fechou com o volante Zé Vitor. Operação risco zero. Foi bem. Aos 39, Jhon quase marcou na única oportunidade do time da casa no segundo tempo. Aos 48, o árbitro Flávio Guerra inventou um pênalti. Tenho dúvida se marcaria caso o jogo estivesse 3×2 ou 3×3. Duvido. Mas, como estava 4×2, tudo bem. Para evitar complicação, acabou o jogo ali mesmo.

Apesar de 3 vitórias em 4 partidas, o Paulistão não serve de parâmetro.

Como disse Rogério Ceni, os grandes serão verdadeiramente testados nos clássicos.

E mesmo vencendo clássicos, vai continuar precisando de meia e centroavante.


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