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Belletti: “Em vez do Fluminense, eu voltaria da Europa para o São Paulo. Mas fui barrado”…



Poucas vezes na minha vida vi um jogador de futebol envergonhado.

A última vez que tinha conversado com Belletti havia sido no festivo voo de volta da seleção-pentacampeão do mundo, do Japão para o Brasil.

Depois disso, por coincidência, nunca mais.

Até que ontem o encontrei na festa dos melhores do futebol brasileiro.

Não, não estava recebendo nenhum prêmio pessoal.

Não há prêmios para reservas.

Ele estava lá com a delegação do Fluminense, que foi receber a taça.

Quando ele me viu, reconheceu e ficou envergonhado pela sua situação no clube carioca.

Ganha salário de R$ 200 mil mensais e não joga...

Esta foi a estranha entrevista...

Belletti: o que aconteceu com você no Fluminense?

Como é que suportou a reserva nos últimos jogos?

Você me conhece desde os tempos do São Paulo.

Fico louco quando me deixam na reserva.

Foi assim no Barcelona, no Chelsea, na seleção brasileira.

Mas eu aceitei para o bem do Fluminense, do Muriciy, do grupo.

O time estava bem e brigava para ser campeão.

Só que agora em 2011 vou mostrar que o Fluminense não jogou dinheiro fora quando me contratou.

Aliás, você assinou contrato por dois anos para ser um dos líderes do time...

É verdade...Sei disso. Mas eu cheguei mal fisicamente da Europa.

Quando estava melhorando, me contundi.

Quando a contusão estava curada, já era tarde, o time estava entrosado e eu fora de ritmo.

Conversei com o Muricy e o apoiei.

Foi melhor para o time.

Só que doeu muito.

Ver tudo de fora me deu uma enorme agonia.

Belletti, como você explica o futebol carioca, sem estrutura, ser bicampeão brasileiro? Ainda mais para você, acostumado com Barcelona, Chelsea...

Foi a vitória do ser humano, do potencial dos jogadores.

No ano passado, o Flamengo.

E agora, nós.

Há muita coisa para ser corrigida em todos os clubes por aqui.

Nós tivemos muita sorte de ter um grupo de jogadores e um treinador de alto nível.

Foi isso que nos fez superar a falta de estrutura.

Ainda bem que eu soube que muita coisa irá melhorar em 2011...

Você se sente em dívida no Fluminense?

Lógico que sim.

Eu sei que sou um jogador importante, vivido.

Tenho muito a dar para o time.

Estou devendo porque não pude jogar.

Em 2011 vou justificar o esforço pela minha contratação.

Aliás, por que você não voltou para o Brasil para jogar no São Paulo?

Boa pergunta.

Eu vou revelar uma coisa: também não sei.

Fiquei seis anos no Morumbi e tinha a certeza de que, quando voltasse, iria para o São Paulo.

Antes do Fluminense, tinha conversado com o pessoal do São Paulo.

Estava tudo certo.

Mas depois uma ala da diretoria não quis.

O clube ficou dividido.

Então eu disse que entendia e não iria querer levar problema ao São Paulo.

Foi quando surgiu o Fluminense e tudo mudou.

Bola para a frente.

Última pergunta: você vai jogar o que se espera de você em 2011 para o Fluminense?
Sim.

A diretoria e o técnico querem o Fluminense forte demais para brigar pelo título da Liberadores.

Sinto que serei uma peça importantíssima no time.

Quero demais voltar a jogar, ser titular.

Detesto a reserva.

Não foi para isso que resolvi voltar para o futebol brasileiro.

Não foi para ver outros jogadores em campo.

Chega de banco de reservas...

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