Nenhum são-paulino reconhece, mas escapar de um rival brasileiro nas oitavas de final da Libertadores causou alívio generalizado. Além de serem, na opinião do técnico Ricardo Gomes e da maioria dos atletas, os favoritos ao título, há o retrospecto das últimas quatro eliminações para adversários locais.

Melhor do que se livrar dos clássicos é ter um peruano pela frente. No histórico do Tricolor dentro da competição, em oito partidas, só há vitórias diante de equipes do país.

Nas 15 participações em Libertadores, o São Paulo já enfrentou clubes de 11 países diferentes. E só ostenta 100% de aproveitamento contra times do Peru (oito vitórias) e Venezuela (quatro vitórias). O tricampeão também jamais perdeu em duelos diante de bolivianos: cinco vitórias e cinco empates.

A diferença, agora, diz respeito à importância da partida contra o Universitario. É a primeira vez que o Tricolor terá uma equipe peruana pela frente em um mata-mata da competição sul-americana. Os outros confrontos foram válidos sempre pela fase de grupos, com exceção dos jogos de 1974 diante do Defensor Lima. Naquela ocasião, a semifinal era disputada em um triangular.

O Universitario é o clube mais popular do país, não se classificava para as oitavas de final há 11 anos e tem um estádio, o Monumental, cuja capacidade é de 80 mil espectadores. Por isso, apesar da freguesia peruana, os tricolores pregam respeito.

– É uma equipe que pode não ir tão bem no Campeonato Peruano, mas está invicta e tem uma das melhores defesas da Libertadores. É uma equipe perigosa e temos de estar preparados para enfrentá-la – alertou o volante Rodrigo Souto.

A delegação embarca na manhã desta segunda-feira rumo à capital peruana. A volta está marcada para quinta-feira. Mais uma vitória na bagagem?