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Carpegiani tenta encerrar tabu que ajudou a iniciar

Atual treinador do São Paulo comandava o Corinthians no jogo que começou a atual série invicta do rival

O técnico Paulo César Carpegiani será um personagem especial no clássico deste domingo entre São Paulo e Corinthians. Especialmente se seu time conseguir derrubar o tabu que já passa de quatro anos contra o rival. Atualmente à frente do clube do Morumbi, ele era o comandante do adversário no jogo que deu início à atual série invicta corintiana.

A partida em questão aconteceu no dia 14 de julho de 2007 e foi válida pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro daquele ano, no qual o Corinthians terminaria rebaixado. Na ocasião, era o São Paulo que vinha de uma longa sequência de jogos sem perder do rival. Assim, o empate por 1 a 1, com gols de Dagoberto e Zelão, acabou sendo o último do tabu são-paulino, de 13 jogos, e o primeiro do tabu corintiano, que já soma 11 partidas.

Carpegiani não sabia que ele havia sido o responsável pelo início do jejum de vitórias do São Paulo que agora quer encerrar. Mas se lembrou da partida e chegou a dizer que o resultado foi injusto, dizendo que o seu time da época merecia ter saído vitorioso.

“Não sabia. E foi injusto o empate. É uma coincidência. Isso que é o bonito no futebol, mas vejo como uma coincidência apenas. Estamos tratando como um jogo todo especial. Quero que a equipe esteja bastante tranquila, menos na hora do jogo. Aí quero que esteja imponente, com vontade, para que conjuntamente possamos dar um grande espetáculo no domingo”, disse.

O treinador destaca, porém, que a vontade de encerrar o tabu não pode ser tanta a ponto de atrapalhar seus jogadores. “Não pode ter essa vontade exclusiva. Isso é estatística, gozação da torcida. Tem que ter vontade de ganhar independente do tabu. O sabor de uma vitória seria especial, mas isso pela grande rivalidade. É isso que valoriza o futebol, se não seria sempre monótono”, afirmou.

Do lado corintiano, três jogadores que ainda fazem parte do elenco estavam naquela partida, o atacante Dentinho, o volante Moradei e o lateral-esquerdo Marcelo Oliveira. Dentinho, que defende o clube do Parque São Jorge durante todo o período do tabu, relembra o jogo.

"Naquela época era a gente que não ganhava deles. Era muito ruim o clima e a pressão também. O clube estava meio bagunçado e dentro de campo a gente percebia que tinha algo errado. A gente nem podia imaginar que aquele empate ia começar esse tabu para o nosso lado", disse o atacante. Recém promovido ao time profissional, Dentinho entrou aos 39 minutos do segundo tempo no lugar de Betão. "O gol do Zelão foi no finalzinho. Apesar de ter sido só o gol do empate, a gente comemorou bastante".

Centésimo gol de Ceni fica em segundo plano

Ao longo da semana, alguns jogadores do São Paulo admitiram a ansiedade pelo 100º gol do goleiro Rogério Ceni. O zagueiro Alex Silva, por exemplo, disse ter certeza do gol, enquanto o volante Jean falou na possibilidade de “cavar” uma falta ou um pênalti. Para Carpegiani, porém, o feito do camisa 1 também não pode superar a busca pela vitória.

“A minha preferência é ganhar o jogo. Se tivesse que escolher entre o centésimo do Rogério ou ganhar o jogo, prefiro ganhar. Mesmo se tivesse que postergar o gol por cinco ou seis rodadas. Se sair vai ser ótimo, mas o mais importante é a vitória”, afirmou o técnico.

Levi Guimarães, iG
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