Faria o oposto do que o Rogério faz. O Rogério tem uma ideia de time na cabeça e aí ele tenta forçar os jogadores a se adaptarem a essa ideia. O bom técnico olharia o elenco e montaria um time em cima das caraterísticas dos jogadores, e não tentaria encaixar os jogadores na ideia dele.
O Calleri é um atacante de área, que só é útil fazendo gols quando recebe bolas em condição de finalizar. Então ele tem que jogar na área e fazer o pivô. Só isso. Não tem que ficar "caindo pela ponta" como obrigam ele a fazer toda hora.
O Luciano é um segundo atacante, não é o Calleri, mas também não é meia. Tem que jogar perto da área, não no grande círculo. O gol que ele fez domingo prova isso mais uma vez: dentro da área, ele é muito bom. Fora, longe do gol, ele tem pouca utilidade.
O Galoppo é um jogador que participa pouco da partida, mas quando participa é pra definir. Tem que jogar circulando entre o ataque e o meio, encostando na dupla de ataque, por ex.
O Mendez não é um volante pra jogar enfiado entre os dois zagueiros, ele precisa de mais espaço para dar dinâmica ao time, tem qualidade pra isso. Deixar ele lá atrás é desperdício. O Luan poderia fazer isso melhor que ele.
O time precisa ao menos de um jogador com drible pra desafogar quando o outro time está fechado. Acho que todo mundo já viu que o Pedrinho consegue fazer isso. O David, talvez. Um dos dois poderia estar sempre no time.
Por aí, um bom técnico já conseguiria ir armando um time. Vendo o que os melhores jogadores podem e gostam de fazer e montando o time ao redor deles. Infelizmente, o Rogério faz o oposto: como o Galoppo não é o Igor Gomes, por ex., que tocava 300 vezes na bola por jogo (mas sempre toque pro lado ou para trás), ele se recusa a usar o Galoppo dentro das qualidades dele, que são a finalização e a chegada por trás.