De um lado a cruz, do outro a espada. Depois de ter sido um dos mais criticados por parte da torcida nas últimas semanas, o centroavante Luis Fabiano chega ao fim de um dos meses mais turbulentos de sua história no São Paulo sob a grata coincidência de ter superado a marca de Leônidas da Silva. Agora com 145 gols pelo Tricolor, o camisa 9 soma um a mais que o craque dos anos 40 e assumiu o sétimo posto dos maiores goleadores na história do clube. Um feito importante, mas incapaz de saciar o Fabuloso, que ainda reflete sobre o relacionamento com as arquibancadas. Pensativo, admite que marcas individuais são importantes, mas ainda insuficientes para selar um final feliz.

“Fico feliz por escalar mais uma posição nesta lista e principalmente por ultrapassar um jogador tão importante para o São Paulo e para o futebol brasileiro. Mas, na verdade, meu objetivo nunca foi buscar conquistas pessoais e, sim, ajudar o São Paulo a conquistar títulos”, analisou Luis Fabiano, nesta segunda-feira, ao MARCA BRASIL.

A avaliação contida evidencia o momento pouco expansivo do camisa 9, que também se aproxima de outra marca pessoal. Com 197 jogos na carreira, está a três da 200ª partida. E, ao que tudo indica, também será celebrado de maneira discreta.




Cobrado por alguns torcedores no início do mês, Luis Fabiano não escondeu sua chateação. No entanto, os aplausos que vieram da maior parte da arquibancada respaldaram sua importância em campo. E é por aqueles que o apoiam que o atacante buscou dar sua resposta. A última delas no domingo, com dois gols anotados na vitória por 4 a 1 sobre o Flamengo, no Morumbi. Ainda assim, ele deixou o gramado de cara fechada. Com 20 gols em 25 jogos na temporada, sendo sete deles em oito partidas pelo Campeonato Brasileiro, a rede pode até não ser o remédio para o Fabuloso voltar a sorrir, mas é nela que está a vacina para toda e qualquer angústia do são-paulino.