Volante conquistou cinco títulos na última passagem de três anos no Porto e gerou revolta ao sair em 2008


Paulo Assunção chega ao São Paulo em meio a uma relação estremecida de Luis Fabiano com a principal organizada do clube. E o volante de 32 anos, nove meses mais velho do que o atacante, conhece bem as ameaças de uma torcida irritada. Quando trocou o Porto pelo Atlético de Madri em 2008, chegou a ouvir que sofreria um atentado para comprometer sua carreira.

“Ficavam falando que iam dar um tiro no meu joelho”, lembrou o meio-campista, fazendo um pedido de paz dos fanáticos por qualquer clube às decisões dos atletas. “É muito ruim. O jogador tem que estar tranquilo, decidir para onde vai e fazer a sua carreira”, argumentou.

Quando optou pelo futebol espanhol, há quatro anos, Paulo Assunção já tinha sido tricampeão português e vencido uma Copa de Portugal e uma Supercopa de Portugal pelo Porto em passagem que durou entre 2005 e 2008. Antes, de 2000 a 2001, havia defendido o clube ao ser emprestado pelo Palmeiras, equipe que o formou.

Tanta história, em vez de gerar gratidão, teve a raiva nos fãs como consequência quando o volante decidiu jogar em Madri. “Minha época no Porto foi muito bonita, mas chegou o momento de sair e a torcida não aceitou. Eu tinha dado tudo ali, fiz tudo pelo Porto, conquistei muitos títulos. Era hora de sair.”
O novo camisa 12 do São Paulo, contudo, não guarda mágoa da torcida do time em que mais se destacou em Portugal – no país ibérico, também jogou no Nacional da Ilha da Madeira de 2002 a 2004. “A ameaça não veio da torcida do Porto, que gostava de mim porque eu jogava bem. Foram uns dois, três que nem faziam parte da torcida e me ameaçaram. Queriam aparecer”, afirmou.

Em relação a Luis Fabiano, Paulo Assunção aponta uma qualidade indiscutível e promete auxílio em campo. “O Luis Fabiano não precisa provar mais nada para ninguém. É um grande jogador, um jogador de Seleção. Vim para ajudar o Luis Fabiano e o grupo inteiro”, falou.