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Sob nova direção, São Paulo já sente os efeitos de Ney Franco

O São Paulo já começa a sentir os efeitos da gestão Ney Franco, técnico contratado pelo clube na última semana para ocupar o lugar de Emerson Leão, demitido no dia 26 de maio. A diferença de estilo entre os dois salta aos olhos. Dentro e fora de campo.

Enquanto Leão tinha uma maneira mais centralizadora e chamativa na hora de conduzir os seus trabalhos --não é coincidência que um dos dois pavões que o São Paulo mantém em seu CT se chama Emerson; a outra é a Vanderléia--, Ney Franco tem por regra ser mais observador, delegando funções aos seus auxiliares Éder Bastos e Alexandre Lopes.

No gramado, as atividades deixam os dois técnicos ainda mais distantes. Leão dizia, de tempos em tempos, que baseava seu trabalho na metodologia chinesa. Ou seja, fundamentada na repetição até a exaustão.

Assim, os coletivos eram o alicerce do seu treino, muitas vezes longo. No fim, os jogadores eram obrigados a treinar finalização. Além disso, Leão era muito participativo. Não raro, ele foi visto ensinando os laterais a cruzar, ou mostrando aos zagueiros como marcar Luis Fabiano. Por vezes, aplicava castigos aos seus atletas, mas também foi vítima e teve que dar cambalhotas na frente de todos.

Muito por conta dessa sua maneira de conduzir os treinos, seu time era dependente das individualidade de seus principais jogadores, sem muito jogo coletivo.


O técnico Ney Franco dá entrevista durante sua apresentação no São Paulo

Já Ney Franco tem outra concepção. Talvez por sua formação acadêmica --graduou-se em Educação Física pela Universidade Federal de Viçosa (MG) em 1992--, ele comanda suas atividades de forma distinta da de Leão.

Elas foram marcadas pelos treinos técnicos neste seu início de jornada. A cada saída de bola errada, cada lateral mal batido, cada posicionamento incorreto, lá estava o treinador orientando os atletas, mostrando como queria e corrigindo o defeito.

"Tenho opção para jogar como gosto, com toques rápidos. Técnica é a característica histórica do São Paulo, com posse de bola. Procuro um equilíbrio. Com uma equipe atacando de forma contundente, com muita gente dentro da área. Sem a bola, marcando e recompondo. Saber quando fazer marcação sobre pressão, como defender sem abrir mão da parte ofensiva", explicou o novo comandante.

Outra evidência da mudança de característica que o time passou a ver aconteceu quando Franco analisou o Palmeiras, rival deste domingo. Leão pouco se preocupava com o esquema tático adversário, baseando sua estratégia somente nos pontos fortes da sua equipe.

Estudioso, Ney Franco praticamente dissecou o time de Scolari. "Conhecemos muito bem o Palmeiras, quais as peças podem entrar. Na zaga, se o Thiago Heleno não puder jogar, pode entrar com o Leandro Amaro, ou recuar o Henrique e colocar o Márcio Araújo de volante. Não sei qual a real condição do Luan, mas se não jogar, tem o Mazinho e o Maikon Leite. Quando sai a escalação no dia do jogo, temos 40 minutos para fazer alguma mudança em função da escalação do adversário", pontuou Ney.

No fim da sua coletiva na última sexta, nova diferença pôde ser notada. Enquanto Leão era mais "boleirão", brincando com a imprensa e contando "causos" de sua época de jogador, Franco se prontificou a ajudar os jornalistas, desenhando em um papel como quer o seu meio de campo no gramado: rabiscou quatro bolinhas no formato de um losango, com Denilson no vértice defensivo e Jadson no vértice ofensivo enquanto Casemiro e Cícero completavam o setor. Mais diferente, impossível.

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