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São-paulino infiltrado encara festa rival em Londres com tranquilidade

Cerca de 250 torcedores estiveram reunidos na madrugada de quarta para quinta-feira, no bar Guanabara, em Londres, para acompanhar a vitória do Corinthians sobre o Boca Juniors por 2 a 0, que deu ao clube paulista o inédito título da Copa Libertadores da América. No entanto, nem todos os presentes à festa eram de fato corintianos: entre os rivais infiltrados, um deles exibia um símbolo do São Paulo sobre uma camiseta preta.

O são-paulino em questão era Christiano Amaral, 37 anos, vivendo há 11 em Londres. O DJ é amigo do responsável pela música no bar em Holborn (distrito central de Londres), e compareceu ao bar para acompanhar o movimento mediante o bom relacionamento com os amigos e o convite da namorada. Mesmo temeroso, mostrou ter sido recebido com tranquilidade na festa.



"Cheguei meio assim, fechando (o paletó) por respeito. Minha mina é corintiana e me chamou para vir", disse Amaral, sem ligar para as provocações da maioria corintiana que tomava inicialmente uma metade do salão principal do bar - a outra metade era ocupada por uma festa gay, que foi encerrada para dar lugar aos torcedores presentes.

"Brincaram e disseram para sair. Em 2006, quando perdemos para o Inter é que foi pancada: o bar estava menor e a torcida do Inter era maioria", completou. "A única pessoa que mexeu comigo foi ele (DJ Limão, o responsável pelo som da festa), que é meu amigo", completou.

Morando há tanto tempo em Londres, Amaral diz já ter vivenciado diversas experiências felizes com o futebol na cidade-sede da Olimpíada 2012. Entre elas, a conquista do título da Copa do Mundo 2002 pela Seleção Brasileira e a do Mundial de Clubes 2005 contra o Liverpool pelo São Paulo.

"Quando eu saia na rua (em 2005), o pessoal reconhecia (a camisa do São Paulo) porque o Liverpool é inglês. Eram vários jogos sem nem tomar gol", disse. "Em 2002, quando o Brasil foi campeão, a Inglaterra fez 5 a 1 na Alemanha (nas eliminatórias) e estavam cheios de moral. Contra o Brasil, fizeram 1 a 0 ainda... Na Trafalgar Square (em Londres), os policiais fizeram várias divisões, e quando eu saí na rua, vi o pessoal beijando policial, subindo até em carro de polícia", completou.

Pronto para ver o rival conquistar o então inédito título sul-americano, Amaral reagiu com tranquilidade. "Vai ser legal, acaba a gozação", disse.

"Filha de Argentino" torceu contra

Mas Amaral não foi o único a torcer contra o Corinthians na madrugada londrina. Mesmo sem time oficial, a química Michele Alves, 29 anos, recebeu convites para ir à festa e compareceu com três amigos. Para empurrar o Boca Juniors, ela se baseou nas origens de seu pai, Argentino Alves de Oliveira - nascido na Argentina, criado em Minas Gerais e vivendo atualmente em Rondônia.

Estudando em Londres há sete meses, ela explicou o motivo para não gostar do Corinthians. "Meus pais são palmeirenses, meus irmãos são são-paulinos. Quando começou essa coisa muito comercial, desencanei total", disse ela, "Boca desde criancinha" e ironizando os amigos. "Na verdade, eu é que faço as brincadeiras. Eu sofro muito", completou ela, que apostava em uma vitória por 2 a 1 do time argentino.

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