publicidade

Leão diz que "mandam muito" no São Paulo e compara diretor a marreco

Em oito meses no São Paulo, Emerson Leão teve que acatar a imposição de contratações e dispensas sem fazer indicações, vendo Adalberto Baptista, diretor de futebol há um ano, escolher os destinos de seu elenco em meio a divergências entre ambos. Demitido, o técnico conta que aceitou, mas discorda do veto à participação do treinador do clube. E manda um recado a dirigentes novatos.

“Dirigente novo é igualzinho como sou na arte: sou marreco, tenho que nadar nesta lagoa rasa senão morro afogado”, disse Leão ao Sportv, sem confirmar o nome do diretor a quem se referia. “Ele está perdoado, vamos deixar para lá. As perguntas idiotas são boas e ruins. Mostram que o Brasil não está preparado para dar palpite e comandar, mas, em compensação, mandam muito”, avaliou.



O ex-técnico do Tricolor, porém, relatou o que chamou de “perguntas idiotas” do dirigente em questão. “Outro dia, um dirigente novo me disse: ‘Olha Leão, vou te mostrar um vídeo e te ensinar como você tem que assisti-lo’. Tenho 49 anos (de futebol), ele vai me ensinar a assistir a vídeo de jogador para eu ver se gosto dele ou não?! É o fim do mundo.”

Outra história também tem a ver com opinião sobre reforços. “A mesma pessoa, outro dia, me perguntou se eu conhecia um jogador. Olhei para ele e falei: ‘você está brincando?’ Percebi que ele estava falando sério e perguntei: ‘é fulano de tal? Tem 1,90m? É preto? É beque?’ Ele disse que sim. Falei: ‘Nossa, que coincidência! Fui eu que lancei’”, gargalhou.

Entre risadas, o técnico lamenta ter sido impedido de auxiliar novatos com sua experiência. “É muito difícil trabalhar no São Paulo, e muito bom ao mesmo tempo porque tem tudo o que você possa imaginar. Mas não é o que dirigente gosta. O São Paulo tem uma política muito própria, da qual discordo. Sou totalmente contrário a como se comportam com seu treinador, mas, quando fui, aceitei”, relatou.

Não é só na formação do elenco que a diretoria erra, segundo Leão. O treinador teve como marco de suas divergências com a diretoria o afastamento de Paulo Miranda, um de seus homens de confiança, um veto imposto a ponto de retirar o zagueiro da concentração horas antes de uma partida.

“Discordo também de não poder opinar na contratação, mas falo de uma maneira geral. Eles decidem tudo. E trabalho um pouco diferente. Eles têm uma filosofia e você até se preserva de alguns problemas porque não contrata nem indica. Mas, no final, acaba da mesma forma: sai o treinador”, falou, relatando que esperava ser demitido, mas não ser contratado, como foi em outubro.

VEJA TAMBÉM
- São Paulo pode trocar jogador com o Internacional
- Veja a provável escalação do Tricolor para o jogo de hoje
- Veja como assistir Vitória vs São Paulo ao vivo


Receba em primeira mão as notícias do Tricolor, entre no nosso canal do Whatsapp


Avalie esta notícia: 30 13

Comentários (30)

Enviar Comentário

Para enviar comentários, você precisa estar cadastrado e logado no nosso site. Para se cadastrar, clique Aqui. Para fazer login, clique Aqui.