“SANGUE NOS ÓIO...”
Sou paulistano de nascimento.
Vivo há dois anos em Belo Horizonte e desde sempre sou sãopaulino.
Já vi de tudo: time bom, time ruim; técnico bom, técnico ruim; jogador bom e jogador ruim.



Crítico sim, mas apoiando sempre – sei separar desempenho de paixão.
E este não é exatamente um momento de grande desempenho do Maior do Mundo.
Mas com o São Paulo jogando em Belo Horizonte, era minha obrigação assistir o jogo.

E também era pura devoção.
No Estádio Independência, fiquei no meio da Torcida Independente.
Apesar do trocadilho, vivenciei uma sensação que há muito não experimentava.

Um time que entrou em campo com toda sua deficiência, porém ontem tanto as individualidades quanto o desejo de vencer funcionaram.



Ou como me disse o cara ao lado da Independente: “sangue nos óio...”
Não vou comentar de esquema tático, da defesa fraca mesmo com três zagueiros, do time perdido em campo ou do penalti pego pelo Fábio – em breve teremos outro treinador e aí sim é que a “onça vai beber água.”

Sabemos que “sangue nos óio” é pouco, mas ontem foi o que nos fez vencer.
O espetáculo ontem foi da torcida, gritou e apoiou o tempo todo – exatamente como tem de ser - e isso vale muito a pena.

Mas o que valeu mesmo foi sair do Independência rouco de tanto torcer, depois da “entubada” que demos no nosso freguês Cruzeiro.
Nota Fiscal devidamente emitida com CPF.

Força TRICOLOR.

Sérgio Monteiro