Ao encerrar a entrevista desta quinta-feira no Canindé, Dida brincou com os jornalistas: “Até o ano que vem”. Tudo em função do receio e o desconforto do goleiro, de 38 anos, em conversar com os jornalistas e enfrentar as câmeras, apesar de ser uma estrela mundial. No entanto, quando se trata do desafio dentro do campo, o atleta muda a postura e diz que não foge da responsabilidade.

Neste sábado à noite, a comissão técnica da Portuguesa irá promover a estreia de Dida justamente no clássico contra o São Paulo, no Canindé. O campeão mundial de 2002 é a esperança de liderar uma equipe sem grandes estrelas.

“Estou feliz com essa volta, com o tempo de treinos, dei tudo de mim para ficar em boas condições e ajudar a Portuguesa”, avisou o jogador, estrela do Milan, da Itália, por uma década.

Dida confirma que, apesar de receber praticamente um mês para uma digna pré-temporada, não vai entrar em campo com as condições ideais. O principal obstáculo do arqueiro é superar duas temporadas de inatividade – não atua em partidas oficiais desde que saiu do Milan, da Itália, em 2010.



“Não estou 100%, mas em condição boa de atuar. Treinei todos os dias, trabalhei com o grupo, fiz coletivos, busquei a adaptação o mais rápido possível”, confirmou Dida.

O desafio de Dida é liderar a segunda pior defesa do início do Campeonato Brasileiro. A Lusa levou oito gols em cinco jogos, mesmo número de Coritiba e Náutico e melhor apenas que o Botafogo, vazado em 11 oportunidades. Nem mesmo a missão de enfrentar um clássico muda o tom de voz sereno do campeão mundial.

“Vai ser partida difícil, vamos enfrentar uma equipe que quer se recuperar (da eliminação da Copa do Brasil). Nós tivemos jogos bons, mas sofremos algumas derrotas, agora queremos buscar uma sequência de resultados positivos”, avisou Dida.