Luis Fabiano foi decisivo e deu ao São Paulo a vitória por 1 a 0 sobre o Atlético-MG no domingo, mas seu descontrole emocional mais uma vez acabou sendo o principal assunto após a partida. Como de costume, reclamou demais e acabou levando o segundo amarelo, o que resultou no vermelho e em sua expulsão e que o tornaram o "rei dos cartões" na atual edição do Campeonato Brasileiro.

Em apenas cinco jogos ele conseguiu ser advertido com seis, sendo cinco amarelos e um vermelho. Todos eles resultantes de reclamação, vício do qual o camisa 9 tricolor não consegue se livrar, a exemplo do que fez com o lado brigão em campo que o marcou em suas outras passagens não só pelo clube brasileiro mas também pelo Sevilla, da Espanha.

Cansado de ser questionado sobre o assunto, Emerson Leão usou a estratégia de não falar muito sobre o assunto para não alimentá-lo, mas sugeriu que ele não tem condições de resolver a questão e sugeriu, nas entrelinhas, que o centroavante deve buscar ajuda profissional.



"O Luis [Fabiano] faz falta a qualquer clube, até para a seleção, mas são essas coisas que o fazem não estar na seleção. A cobrança é geral. Não sou em quem deve cuidar disso porque acho que têm pessoas mais competentes para saber qual é o melhor trabalho a ser feito", disse o treinador.

Leão pode ficar ainda mais irritado se o árbitro Elmo Rezende Cunha colocar na súmula da partida que foi xingado pelo atacante. O relato pode fazer o Superior Tribunal de Justiça Desportiva enquadrar o jogador no artigo 258 (desrespeitar arbitragem), o que pode levá-lo a uma pena que varia entre 1 e 6 jogos de suspensão.

E parece não haver mais a crença de que Luis Fabiano mudará seu jeito reclamão que tanto atrapalha o grupo. "Eu achei que ia [melhorar], mas infelizmente não aconteceu. Nem falta foi no primeiro cartão, mas depois ele ficou reclamando. É o jeito dele, fala bastante, reclama, não se controla... mas fazer o quê? Se ele não aprendeu até agora aos 31 [anos], não vai mais aprender", disse o jovem Lucas.