Não eram muitos os indícios de que o São Paulo conseguiria bater o Coritiba, diante de mais de 40 mil torcedores, no Morumbi. Jogando com dez jogadores, desde a expulsão de Paulo Miranda, o tricolor dava a impressão de que não conseguiria mudar o zero a zero, pois o Coritiba era um time bem organizado e as chances de gol eram poucas: teve a bola no travessão chutada por Everton Costa: depois, o chute de Luís Fabiano, cara a cara com Vanderlei- após boa troca de passes com Lucas, desviada com o pé pelo goleiro do Coritiba- houve também a cabeçada de Luís Fabiano, próxima ao gol, que bateu no chão e, depois, no travessão.
Não muito mais do que isso. E faltava pouco mais de um minuto para acabar o jogo. E foi aí que entrou o talento do craque, do jogador que desequilibra, que decide: Lucas apanhou a bola mais pela esquerda e, em jogada inesperada, foi fintando os zagueiros para o lado, formando fila, até achar um vazio à sua frente. Da entrada da área mesmo, chutou em diagonal, com força, no canto esquerdo de Vanderlei.
Golaço!
E graças a Lucas o São Paulo vai disputar o jogo de volta, em Curitiba, em considerável vantagem.
SÃO PAULO E PALMEIRAS NA DECISÃO DA COPA DO BRASIL?
Não gosto de antecipar situações de jogo, pois o futebol é o mais traiçoeiro dos esportes coletivos e as zebras muitas vezes surge, contrariando a lógica. Mas, pelo andar da carruagem, a decisão da Copa do Brasil se encaminha para ser disputada mesmo, em dois jogos, por São Paulo e Palmeiras.
Quanto ao tricolor, sei que foi magra a sua vitória desta quinta-feira contra o Coritiba. O quadro pode ser revertido. Mas, em minha opinião, é quase impossível: o São Paulo depende de um empate e pode até perder se o placar for favorável ao Coritiba por 2 a 1, 3 a 2, etc. Não me parece que o Coxa tenha contundência para vencer o tricolor por dois ou mais gols de diferença.
O que não está fora do alcance do Coritiba é vencer, digamos, por 1 a 0. E levara decisão para os pênaltis. Não levar um gol sequer é missão difícil diante de um time que joga para a frente (méritos do técnico Leão) e conta com Lucas e Luís Fabiano à frente. Falo de tendências.
Quanto ao Palmeiras, a sua vitória diante do Grêmio, em Porto Alegre, lhe assegura uma vantagem confortável. Até porque o estilo defensivo de Felipão- ainda mais agora, com três zagueiros- é a marca da equipe, que ainda conta, na frente, com as jogadas individuais de Hernán Barcos, competente centroavante.
Enfim, tratamos aqui de mero exercício de futurologia. Mas, convenhamos, de acordo com o que foi visto e apresentado pelas equipes.
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