Contratado para ser a principal arma do ataque são-paulino, o atacante Luis Fabiano tem tido problemas para estar em campo justamente nos jogos mais esperados pela torcida - os clássicos. Desde que o Fabuloso foi recontratado, em março do ano passado, o clube do Morumbi enfrentou seus principais rivais em 12 oportunidades, e o camisa 9 atuou em apenas três (contra Palmeiras e Santos, nas duas últimas rodadas do Brasileirão do ano passado, e novamente contra o Peixe, na fase de classificação do Campeonato Paulista deste ano). No 13º, que será mais uma vez contra a equipe da Vila Belmiro, no próximo domingo, pelo Brasileirão, o atacante estará fora mais uma vez, suspenso pelo terceiro cartão amarelo.
Luis Fabiano não pôde jogar a maior parte desses jogos por causa de lesões. Em 2011, ele teve um problema sério em um tendão próximo ao joelho direito que necessitou de cirurgia e o afastou dos gramados por aproximadamente sete meses. Neste ano, teve duas lesões musculares.
O problema é que, quando conseguiu superar as dificuldades físicas, o Fabuloso passou a enfrentar problemas de disciplina. Quando se tornou o capitão da equipe, no lugar de Rogério Ceni, lesionado, o atacante assumiu uma postura agressiva nas reclamações com árbitros e, por consequência, começou a receber muitos cartões amarelos. Por causa disso, esteve ausente na semifinal do Campeonato Paulista, contra o Santos, quando o Tricolor perdeu por 3 a 1 e foi eliminado. E não estará em campo domingo, complicando ainda mais a situação do técnico Emerson Leão, que terá de montar a equipe sem dez peças, entre lesionados, jogadores que servem à seleção brasileira e o próprio atacante.
As seguidas “rebeldias” não passarão impunes e o jogador já foi chamado pela diretoria para uma conversa. Leão, muito incomodado com o assunto, não esconde de ninguém que seu atacante merece uma punição para que entenda sua importância para a equipe.
– É desagradável ter de responder a essa pergunta em toda entrevista. Ele errou. Vocês que acompanham sabem o quanto eu falo para não fazer isso. Uma coisa é tomar cartão quando faz uma falta para evitar o gol adversário. Agora, não dá para tomar cartão por reclamação todo jogo. Passou da conta e algo tem de ser feito. Ele é nossa referência, nosso homem gol e faz falta quando não está em campo – ressaltou o treinador.
Resta saber se, daqui para frente, o jogador conseguirá se controlar em campo. Leão e a diretoria, em caso de reincidência, serão implacáveis.
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